Crédito: Álvaro HerculanoOntem, 15, o Instituto de Saúde (Inisa) promoveu o 1º Colóquio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Intervenção Familiar (Lepif). Com a presença de estudantes e profissionais da saúde pública e privada, o evento, promovido em alusão à Semana de Enfermagem, celebrada entre os dias 12 e 20 de maio, apresentou um panorama atual da enfermagem, em especial do cuidado dedicado às crianças.
“A gente precisa entender como está o panorama da profissão e sempre buscar se atualizar. Então, o evento é para falar sobre o panorama da enfermagem e também em relação aos avanços das evidências científicas e tecnológicas que nós temos para o cuidado dessa população [das crianças], que é mais vulnerável”, explica a professora do Curso de Enfermagem do Inisa e coordenadora do Lepif, Maria Angélica Marcheti.
Para a docente e co-líder do Lepif, Fernanda Marques, abrir espaço para o debate pode fortalecer a profissão e aprimorar o cuidado dos pacientes. “Atualmente, nós temos um cenário pediátrico bem importante acontecendo, com muitas doenças epidemiológicas. Os enfermeiros estão bem esgotados no trabalho, então trazer uma palestra para mostrar esse panorama pediátrico e do trabalho com boas práticas vem trazer uma riqueza maior para dentro dos nossos hospitais e fortalecer os profissionais para uma melhor atuação”, avalia.
A palestra foi ministrada pela professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Beatriz Toso. A profissional, que atua também como presidente da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras, enfatiza a necessidade de atualização constante do profissional de enfermagem. “Na área da saúde, a gente tem uma produção de conhecimentos muito rápida, então aquilo que se conhece hoje, em um ano pode estar defasado. Então é muito importante trabalhar com a prática baseada em evidências, sempre trazendo as novidades de como buscar essas evidências para melhorar a sua prática. É buscar como traduzir resultados de pesquisa, como fazer chegar lá no serviço aquilo que foi produzido na universidade”, afirma.
A professora Maria Angélica explica que o tema da conversa foi definido em conjunto com os estudantes que compõem o Lepif. “O grupo propõe pesquisas e projetos que desenvolvem intervenções de cuidado das famílias que vivenciam uma condição crônica de saúde, especialmente da criança. Temos vários projetos com estudantes que trabalham buscando propor uma abordagem de cuidado mais centrada nas tomadas de decisão da família. Então eles acompanham os projetos, eventos, reuniões do grupo e na prática identificam as necessidades da família, do profissional e a gente traz para o Laboratório”, afirma.
A estudante de Enfermagem, Nicole Morel, reforça a importância da realização de eventos para complementar os aprendizados teóricos. “Esse cóloquio vem para agregar na carreira e na jornada acadêmica por tratar de um assunto muito complexo e que a gente acaba não vendo aprofundamente na graduação. Eventos assim nos ajudam a aprofundar os estudos e agregar na nossa prática profissional também, para que nós possamos realmente prestar uma assistência de qualidade baseado nas atualizações da pediatria, buscando sempre estar se atualizando nos conhecimentos”, ressalta.
Fotos: Álvaro Herculano
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