Em meio à epidemia de dengue e ao aumento dos registros de febre chikungunya, um estudo conduzido pela Fiocruz Bahia alerta para o risco de morte persistente em pessoas infectadas pelo vírus por até três meses após o início dos sintomas da doença, indo além da fase aguda inicial de 14 dias.
O estudo comparativo analisou o risco de mortalidade em indivíduos afetados em comparação com aqueles não infectados. Durante os primeiros 7 dias, o risco de morte foi 8,4 vezes maior, reduzindo para 2,26 entre 57 e 84 dias. Após esse período, não foram observadas diferenças significativas no risco de morte.
Os dados também incluíram a análise de 1.933 casos de pessoas que faleceram após contrair o vírus chikungunya, com um tempo médio de 294 dias desde o início dos sintomas. O risco de mortalidade natural foi mais elevado nos primeiros 7 dias, com um aumento de 8,75 vezes em comparação com outros períodos, diminuindo para 1,59 entre 57 e 84 dias.
O estudo destacou ainda a associação do risco aumentado de mortalidade com outras doenças crônicas, sublinhando a importância da vigilância contínua e do manejo adequado dessas arboviroses.
Segundo Thiago Cerqueira, pesquisador e primeiro autor do estudo, essas descobertas oferecem evidências cruciais sobre a persistência do risco de mortalidade e sua relação com condições de saúde crônicas, ressaltando a necessidade de uma abordagem abrangente no controle dessas doenças transmitidas por mosquitos.
Com informações de Jornal Hoje em Dia.