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Eleições 2016

09 Jan 2016 - 07h00
Eleições 2016 -
Wilson Valentim Biasotto


Teremos um ano movimentado em virtude das eleições municipais que se aproximam. Mais de 5 mil e quinhentos municípios brasileiros escolherão seus prefeitos e vereadores. Os antidemocráticos gostariam que as eleições fossem unificadas para evitar gastos financeiros, mas a prática eleitoral aprimora a democracia e as eleições bianuais não são caras, são bem-vindas, verdadeira festa cívica, não obstante o desencanto em geral em relação aos políticos.


A exemplo de todas as eleições, aqui ou acolá, com certeza, essa terá também promessas mirabolantes, rixas, brigas, insinuações maldosas, compra de votos e, também, em virtude da nova Lei Eleitoral, poderá haver menos corrupção. Eis uma esperança.


Minha impressão é de que essas eleições municipais de 2016, embora não definam concretamente as eleições de 2018, darão ao menos um parâmetro para análises. O partido mais afetado deverá ser o Partido dos Trabalhadores, marcado à ferro pelo Partido da Imprensa (leia-se Veja, Globo, Folha, Estadão e seguidores), que preservou até agora os partidos de direita, envolvidos também com a corrupção que se alastrou como uma metástase cancerígena pelo país afora. Bem, isso a menos que a Justiça dos Moro(s) e Janot(s) deixe de ser seletiva e mande também para a cadeia os Cunha(s), Collor(s), Aécio(s), sem falar no chefe maior da oposição, FHC, comprador de sua (re)eleição. Quando se faz limpeza na casa não se tira apenas o papel ou algum inseto morto, mas limpa-se tudo, sem deixar um ou outro lixo no local.


O tema preferido dessas eleições deverá ser a corrupção, rotos falando de rasgados, sujos falando de malvestidos, mas haverá também gente bem-intencionada e limpas de quaisquer tipos de malfeitos. A verdade, embora difícil de ser mostrada, é que existe gente boa na política. Dias atrás pelo Face book fui desafiado a nominar um, um único petista honesto. Tive o ímpeto de responder-lhe que só na minha família nuclear, éramos cinco filiados honestos. Mas não mordi a isca, ele pediria mais cinco e mais cinquenta e mais cinco mil, daí por diante. De qualquer forma estou convicto de que a grande maioria dos petistas é gente séria e deseja um Brasil mais justo e mais igual. Poucos se desencaminharam, mas a execração foi tão grande e tão inescrupulosa que poucos acreditam e, por isso muitos petistas não desejam sair candidatos.


A onda contra as esquerdas não é privilégio do Brasil, outros países da América do Sul e da Europa passam por esse momento histórico de tentativa de renascimento do neoliberalismo. Há uma tentativa deliberada da direita em alcançar o poder para completar o ciclo ignóbil de privatizações e de retirada dos benefícios sociais do povo mais vulnerável devido sua pobreza. Paraguai e Argentina já são exemplos. Retiraram os benefícios com a desculpa de que não querem alimentar “vagabundos”, quando na verdade não querem outra coisa senão o aumento de desempregados para submeterem-se a salários aviltantes, para se tornarem em um verdadeiro exército de reserva para servir às oligarquias locais.


Em vista disso tudo foi que fiquei feliz ao ler nessa semana a notícia de que o PT deverá lançar candidato à prefeitura de Dourados. Os nomes cogitados foram o do vereador Elias Ishi e Damião Duque de Farias. Elias é vereador que trabalha forte para o social e para a preservação ambiental, além de exercer a fiscalização sobre atos do executivo, que é também função do vereador. Em seus três mandatos nunca se ouviu um pio sequer sobre qualquer ato de improbidade de sua parte. Por sua vez Damião Duque de Farias, reitor da UFGD por dez anos, conseguiu implantar uma monumental Cidade Universitária cuja obra física envolveu milhões de reais, e deixar um planejamento de crescimento para os próximos 20 anos. Também sobre ele jamais pairou quaisquer dúvidas sobre a sua capacidade de liderança e de probidade.


Se uma dessas candidaturas vingar, serei o primeiro a sair do ostracismo político para ajudar na campanha, mesmo porque devo confessar que me arrependo de poucas decisões que tomei na minha carreira política, uma delas foi ter votado favorável à aliança do PT com o atual prefeito.


Mas se não vingar uma candidatura petista e for feita alguma aliança, que seja com o Délia Razuk, por ser a mais confiável da direita.


Membro da Academia Douradense de Letras. e-mail: [email protected]

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