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Oficina de grafite traz a arte das ruas

28 Out 2010 - 18h34
Grafiteiro Binho Martins durante minicurso na Uniarte.
Foto:divulgação
 - Grafiteiro Binho Martins durante minicurso na Uniarte. Foto:divulgação -
Enntre spray, lata de tinta látex, estêncil, rolinho e pincel é que Binho Martins divide com o grupo inscrito em seu minicurso “Arte de rua: teoria e prática do grafite” todo o seu conhecimento. O aparente garoto despojado, de bermudas e tatuagem à mostra, na realidade é um jovem artista que se apresenta como grafiteiro, mas que também “passeia” pelas artes gráficas e pela tatuagem.

No minicurso, ministrado durante a Uniarte, Binho apresentou primeiro o histórico do grafite no mundo e no Brasil, seus estilos e técnicas, para depois afundar os participantes no mundo das tintas e cores. O artista considera que o grafite, como street arte (arte da rua), tem extrema importância como arte popular, capaz de gerar a aproximação das periferias ao mundo artístico. “Com ele [o grafite] você consegue introduzir algumas pessoas que não têm acesso à arte dentro desse mundo. Não para virar um artista plástico, mas para ser incluído no mundo da arte como um todo”, afirma.

Ao contrário do que possa parecer, o grafite não se trata de mero desenho com conotação de protesto ou sátira, tem toda uma estrutura de estilos e técnicas. E foi um pouco dessa história que o artista desenvolveu no curso.

ESTILOS

O grafite nasceu com as pixações (Pixo). Sua evolução aconteceu por meio do Grapixo, que deu preenchimento e cores às letras da pixação. Outro movimento enfocado é o Throw up/Bomb, caracterizado pelas formas circulares, com letras em blocos arredondados e personificadas em caricaturas. Já o Wild Style é trabalhado livremente pelo artista, sendo o estilo mais conhecido do mundo com forte identidade na Europa. Binho também ressaltou os personagens que identificam os “grafiteiros” por características fixas nos desenhos.

Todo esse conhecimento tornou possível aos participantes do minicurso encontrarem seu estilo e partirem para a prática das técnicas apresentadas pelo “mestre”. Depois da parte teórica, um muro da Unigran serviu de sala de aula para mostrar na prática as diferentes técnicas.

A parte final do minicurso foi realizada num galpão da cidade, onde cada participante pode executar seu projeto sob a supervisão de Binho. “Meu trabalho é marcado pelas sensações de positividade que tento passar para as pessoas e pela religião, que é um dos meus maiores focos. Quando ele está na rua, se destaca e choca um pouco pela religiosidade”, diz o artista, incentivando os participantes a encontrarem suas próprias características.

Entre os participantes do minicurso está o produtor cultural Jonir Figueiredo, coordenador do projeto Praças das Araras, em Campo Grande, curador de exposições artísticas e presidente da Associação dos Artistas Plásticos Profissionais de Mato Grosso do Sul. Com uma carreira de 40 anos no meio artístico, ele se diz “um eterno aprendiz”. Enquanto viaja pelo universo teórico e prático do grafite, já arquiteta um projeto para desenvolver em parceria com Binho, outros grafiteiros e artistas plásticos com linguagem contemporânea, em Campo Grande, no entorno do parque Laucídio Coelho.

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