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Nobel de literatura terá livros editados no Brasil

26 Out 2015 - 07h00
Escritora de Belarus foi vencedora do Nobel de Literatura 2015. Ela é a 14ª mulher a vencer o prêmio. - Crédito: Foto: DivulgaçãoEscritora de Belarus foi vencedora do Nobel de Literatura 2015. Ela é a 14ª mulher a vencer o prêmio. - Crédito: Foto: Divulgação
A editora Companhia das Letras anunciou na semana passada, que vai publicar quatro livros da escritora bielorrussa Svetlana Alexievich, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2015. A autora é inédita no Brasil. Os títulos escolhidos pela Companhia das Letras são “War’s unwomanly Face”, “Time Second Hand”, “Last Witnesses” e “Voices From Chernobyl”. Ainda não há data prevista para o lançando das obras.


Primeira jornalista e 14ª mulher a ganhar o Nobel de literatura, Svetlana foi escolhida por sua “obra polifônica, um monumento do sofrimento e da coragem em nosso tempo”. Considerada cronista implacável da União Soviética, ela é uma das raras autoras de não ficção a levar o prêmio.


Traduzida para o inglês e mais de dez idiomas, como espanhol, francês, alemão e chinês, Svetlana tem como livro mais conhecido justamente “Voices from Chernobyl: The History of a Nuclear Disaster” (“Vozes de Chernobil: A História Oral de um Desastre Nuclear”), originalmente publicado em 1997.


Ele levou dez anos para ser escrito e reúne entrevistas com testemunhas da maior catástrofe nuclear da história. A obra chegou a ser proibida em Belarus.


Svetlana sempre recorreu ao mesmo método para seus livros documentais, entrevistando durante muitos anos pessoas com experiências dramáticas: soldados soviéticos que retornaram da guerra no Afeganistão (“Zinky boys: Soviet Voices from Afghanistan war”) ou suicidas (“Enchanted with Death”).


Em uma entrevista que faz parte de uma coletânea de seus trabalhos publicada na França, Svetlana afirma o seguinte sobre seus textos: “Eu não estou tentando produzir um documento, mas esculpir a imagem de uma época. É por isso que eu levo entre sete e dez anos para escrever cada livro”.


Ainda comenta: “Eu não sou jornalista. Não permaneço no nível da informação, mas exploro a vida das pessoas, sua compreensão da vida. Também não faço o trabalho de um historiador, porque tudo começa, para mim, no ponto de término da tarefa do historiador: o que se passava pela cabeça das pessoas após a batalha de Stalingrado ou após a explosão de Chernobil? Eu não escrevo a história dos fatos, mas a história das almas”.

Saga


Svetlana Alexievich nasceu na Ucrânia, em 1948, mas cresceu em Belarus. Seu livro de estreia é “War’s unwomanly face” (“A Guerra Não Tem uma Face Feminina”, em tradução livre) e saiu em 1985. Ele é baseado em entrevistas com centenas de mulheres que participaram da Segunda Guerra Mundial.


Este trabalho é o primeiro do grande ciclo de livros de Alexievich, “Voices of Utopia”, em que a vida na União Soviética é retratada a partir da perspectiva do indivíduo. Por causa de sua crítica ao regime, Alexievich viveu periodicamente no exterior, na Itália, França, Alemanha e Suécia, entre outros lugares.


“Tudo o que sabíamos da guerra foi contado pelos homens. Por que as mulheres que suportaram este mundo absolutamente masculino não defenderam sua história, suas palavras e seus sentimentos?”, questionou a escritora certa vez.

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