
Em Campinas (SP), para onde se mudou aos 20 anos de idade, Jorapimo aperfeiçoou seu trabalho e, com as lembranças da infância e adolescência, passou a retratar o Pantanal, uma demonstração de amor pela sua terra e cujas obras despertaram o interesse de quem as conhecia.Nessa cidade paulista, Jorapimo trabalhou como jornalista, foi editor do Diário do Povo e participou do 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, onde conviveu com pintores do movimento vanguardista, como Thomaz Perina, Francisco Biojone, Geraldo Jürgensen, Mário Bueno e Thomaz Perina, entre outros.
Incentivado pelo reconhecimento de seu trabalho, Jorapimo realizou em Corumbá sua primeira exposição profissional, em 1964, conquistando público, crítica e apreciadores de arte. Ele mesmo afirmou, em várias oportunidades, que, ao perceber que seu trabalho era conhecido pelo público mesmo sem sua assinatura, percebeu também que tinha valor, quando resolveu montar sua primeira mostra.
Jorapimo retrata, em suas obras, a rotina do homem pantaneiro e as belezas naturais do Mato Grosso do Sul. Sua arte, ligada ao impressionismo, é marcada por traços singulares e fortes, com destaque para os cenários da região, a natureza e o homem do Pantanal.De volta a seu estado, o então Mato Grosso, Jorapimo participa da fundação da Associação Mato-Grossense de Artes (AMA) e responsável pela introdução do expressionismo e da pintura moderna na região, inspirado pelos mestres Gauguin, Cézanne, Van Gogh, Lasar Segall, Anita Malfatti e Cândido Portinari.Com a carreira consolidada, Jorapimo participou de mostras coletivas e individuais, em Corumbá, Campo Grande, Cuiabá, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Claro (SP) e Vitória (ES) e também apresentou seus trabalhos no Japão, na Alemanha, Estados Unidos, Paraguai, Bolívia e Uruguai.
Falecido em 22 de novembro de 2009, dois dias antes de completar 72 anos de idade e, além do Sesc, possui obras no acervo do Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande (Marco), tem obras catalogadas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais e foi um dos artistas sul-mato-grossenses homenageado postumamente no livro Vozes das Artes Plásticas, publicado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em 2013.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Agricultura
Confira o resultado: programa qualificará recém-formados de MS para atuar na agricultura familiar
23/01/2025 12:15

Nova Andradina
Semana da Consciência Negra terá programação cultural diversificada
09/11/2024 15:30