cena de \'Abel\' - Crédito: Foto: Divulgação
Lançado na quarta-feira (12) na França, \"Abel\", primeiro filme de ficção dirigido pelo ator mexicano Diego Luna, foi recebido com o aplauso praticamente unânime da crítica parisiense.O Abel do título é um menino autista, criado em um centro de atendimento e que volta para casa com a mãe e os dois irmãos. Ele se vê como chefe da família, até o dia em que seu pai volta para casa.
\"Com a distância, acho que empurramos as crianças para deixar de ser crianças antes do tempo, as confrontamos com temas como a morte, a violência, a guerra, a separação dos pais, sem sequer nos darmos conta nem pararmos para pensar primeiro nelas\", disse Diego Luna à agência France Presse no último Festival de Cannes.
Várias publicações ressaltam que o filme \"navega entre o drama e a comédia\".
Segundo o \"Le Monde\", \"\'Abel\' se mantém à margem das duas influências que dominam hoje em dia o cinema mexicano, Robert Bresson (Carlos Reygadas, Amat Escalante, Fernando Eimbcke) e Hollywood (Alejandro González Iñárritu), Alfonso Cuarón. Entre ambas, Diego Luna começou a traçar um caminho promissor\".
Para a revista de espetáculos \"Figaroscope\", \"este filme é uma espécie de pequeno milagre de sensibilidade sobre a história de um trauma\".
Diego Luna \"filma o \'huis clos\' familiar com uma doçura fria, atenta a cada um dos personagens e evitando qualquer psicologismo. O jovem Abel não chora nunca, o filme tampouco\", destacou o \"Libération\".
Antes de \"Abel\", Diego Luna dirigiu um documentário sobre Julio César Chávez, lenda do boxe mexicano e mundial.
Aos 31 anos, ele trabalhou como ator em cerca de 40 filmes, entre eles \"E sua mãe também\", \"Nicotina\", \"Pacto de justiça\" e \"Milk - a voz da igualdade\".
(G1.com)