Dourados – MS sexta, 26 de abril de 2024
23º
UEMS - Pantanal
Saúde

Número de gêmeos cresce 28,5% com reprodução assistida

03 Fev 2016 - 09h25
Especialistas atribuem os dados ao avanço da tecnologia. - Crédito: Foto: DivulgaçãoEspecialistas atribuem os dados ao avanço da tecnologia. - Crédito: Foto: Divulgação
Em dez anos – de 2004 a 2014 –, o número de nascimentos de gêmeos no Brasil aumentou 28,5%, segundo dados da Pesquisa de Registro Civil do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entretanto, o número de trigêmeos e demais múltiplos caiu 7% no mesmo período.


Para Daniel Suslik Zylbersztejn, médico do Setor Integrado de Reprodução Humana do Hospital Universitário da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o dado é consequência da evolução das técnicas de reprodução assistida.


”Hoje, temos medicamentos avançados para estimulação ovariana e estufas mais adequadas para o crescimento dos embriões, o que permite que eles cheguem a estado de maior amadurecimento para transferência, o chamado blastocisto.”


De acordo com o médico, ao usar o bastocisto, a chance de gravidez é maior. “Normalmente, trabalhamos com a transferência de dois embriões, o que aumenta a probabilidade de nascerem gêmeos.”


Segundo o especialista, a taxa de gravidez gemelar no Brasil por tratamentos de FIV (fertilização in vitro) é estimada em 25%, cerca de um quarto dos nascimentos totais em mulheres até 35 anos. “Com o avançar da idade, essa prevalência cai gradativamente, chegando a menos de 10% em mulheres com mais de 40 anos.”


Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM)de 2010 limitou o número de embriões que as pacientes podem receber em cada tentativa, conforme a idade. Para mulheres até 35 anos, podem ser transferidos, no máximo, dois embriões; de 36 a 39 anos, o limite são três e, acima de 40, quatro. ”Graças a essa medida, minimizamos a prevalência de gestações múltiplas. Quando os embriões são de qualidade, transferimos um só, no máximo, dois, a não ser em casos em que a mulher já fez muitos tratamentos e não engravidou”, afirma Mario Cavagna Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.


De acordo com o médico, há mais risco de ocorrer uma gravidez múltipla quando a mulher usa indutores de ovulação para buscar uma concepção natural. “Esse é o pior cenário e não a fertilização in vitro. As gestações múltiplas são consideradas de risco, tanto para a mulher quanto para o bebê. Elas são responsáveis por 20% dos casos de prematuridade.”

Deixe seu Comentário

Leia Também

SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência
Saúde

SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência

25/04/2024 17:30
SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência
Brasil tem quase 4 milhões de casos prováveis de dengue
Saúde

Brasil tem quase 4 milhões de casos prováveis de dengue

25/04/2024 14:00
Brasil tem quase 4 milhões de casos prováveis de dengue
Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos
Saúde

Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos

25/04/2024 13:45
Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos
Nanopartículas com ação antibacteriana encurtam tratamento da tuberculose
Saúde

Nanopartículas com ação antibacteriana encurtam tratamento da tuberculose

25/04/2024 07:45
Nanopartículas com ação antibacteriana encurtam tratamento da tuberculose
Quedas levaram mais de 33 mil crianças ao SUS em 2023
Saúde

Quedas levaram mais de 33 mil crianças ao SUS em 2023

24/04/2024 23:30
Quedas levaram mais de 33 mil crianças ao SUS em 2023
Últimas Notícias