A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação. Este busca o desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo, fonoaudiológico e social dos praticantes. Em Dourados, o projeto é desenvolvido no Centro Hípico de Dourados pelas fisioterapeutas Thais Duarte Felice Zanforlim e Thais Fernanda do Nascimento Lima e pela Psicóloga Adrielli Luana dos Santos.
O processo de reabilitação é embasado principalmente no andar do cavalo, que produz uma série de deslocamentos, que resultam em um movimento tridimensional (horizontais - direita, esquerda, frente e trás; e verticais - para cima e para baixo) exatamente idêntico ao movimento realizado pela pelve humana durante o andar.
Em geral um cavalo andando ao passo, gera movimentos ritmados, constantes, simétricos que estimulam diversos receptores sensoriais (articulares, táteis, proprioceptivos, visuais, vestibulares) que transmitem ao sistema nervoso central informações sobre o corpo durante a terapia. Essas informações são decodificadas, interpretadas, integradas, onde é gerada uma resposta adaptativa que contribui para o desenvolvimento do equilíbrio, tônus, força muscular, conscientização do próprio corpo, coordenação motora, relaxamento e flexibilidade.
A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima. O animal atua não só como espelho, onde são projetadas as dificuldades, progressos e vitórias, mas também como um novo estímulo que propicia novas percepções e vivências.
Por meio da relação com o cavalo, o indivíduo pode aprender a controlar suas emoções como o medo, enfrentando o desafio de montá-lo. Outros aspectos como frustração, autoestima, rejeição, carência afetiva, criatividade, aprendizagem, memorização, concentração, cooperação, noção de espaço (no que diz respeito à descoberta do próprio “eu” e de seu espaço no mundo) e aquisição de autonomia também são trabalhadas.
Essa atividade deve ser desenvolvida por uma equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar (que possuam o curso de Equoterapia reconhecido pela Associação Nacional de Equoterapia - ANDE-BRASIL), composta por, no mínimo, um fisioterapeuta, um psicólogo e um profissional da equitação. Toda a equipe atua de forma direta ou indireta, na qual possui responsabilidades adversas, tais como: identificação do programa e sua respectiva finalidade e os objetivos a serem alcançados.
A Equoterapia é indicada a pessoas com deficiências físicas ou mentais e/ou com necessidades especiais, englobando casos de encefalopatia crônica não progressiva da infância, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, autismo, Síndrome de down, transtorno déficit de atenção e hiperatividade, no alívio ou minimização dos problemas de estresse, depressão, dificuldades no aprendizado, síndrome do pânico entre outros.
Fonte: Centro Hípico de Dourados