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Política

Marisa é escolhida para o cargo de conselheira do TCE

15 Jun 2011 - 22h40
Deputado Professor Rinaldo durante votação ontem para indicação ao TCE - Crédito: Foto : Giuliano LopesDeputado Professor Rinaldo durante votação ontem para indicação ao TCE - Crédito: Foto : Giuliano Lopes
Campo Grande – Como planejado pelo governador André Puccinelli (PMDB) e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), a senadora Marisa Serrano (PSDB) foi eleita ontem para ocupar a vaga deixada pela conselheira Celina Jallad no Tribunal de Contas do Estado.

No entanto, o resultado da votação pode ser questionado na Justiça, já que o deputado Marquinhos Trad (PMDB) alega que o colega Antonio Carlos Arroyo (PR) teve sua indicação aprovada mesmo tendo recebido apenas 7 votos.

O peemedebista aponta dispositivos da legislação eleitoral para fazer valer sua tese, uma vez que os 15 em branco dados a Arroyo não podem ser contabilizados como válidos.



Marquinhos baseia-se no inciso 2º do artigo 217 do regimento interno da Assembleia tem a seguinte redação: “Os votos em branco só serão computados para efeito de quorum”.

Apesar dos argumentos do deputado, o presidente Jerson Domingos, após algumas considerações, considerou o assunto como matéria vencida.

A votação dos dois projetos de decreto legislativo prevendo a indicação de cada um dos candidatos ao TCE ocorreu separadamente.

Na primeira votação, após apelo de Arroyo na tribuna, a maioria dos parlamentares abandonou o conhecido corporativismo da Assembleia e votou em branco, impondo ao republicano uma derrota frustrante.

Marisa chega ao Tribunal com 20 votos válidos, o que lhe dá o direito de assumir a vaga deixada por Celina, que faleceu em 28 de fevereiro deste ano.

A tucana obteve 20 votos a favor, enquanto um deputado votou contra e outros dois votaram em branco. Com a ida dela para a Corte Fiscal, quem assumirá sua vaga no Senado é o suplente Antonio Russo Neto (PSDB).

Um dia antes da votação que culminou com a indicação da senadora para o cargo de conselheira, os dois candidatos foram sabatinados pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia.

Marisa chega a Corte Fiscal aos 65 anos, que completará na próxima terça-feira (21), devendo cumprir apenas cinco anos de atividades para se aposentar aos 70 anos.

Com polpudos salários, o cargo de conselheiro do TCE é vitalício, ou seja, seus membros se aposentam compulsoriamente ao completar 70 anos de idade, a não ser que seja de maneira voluntária.

CURRÍCULO

Marisa é a primeira mulher eleita para representar Mato Grosso do Sul no Senado e a única representante feminina da bancada federal no Congresso Nacional.

Marisa Joaquina Monteiro Serrano nasceu em 21 de junho de 1947 no município fronteiriço de Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul) de Bela Vista.
Sua carreira profissional e política teve início em Campo Grande, na década de 70.

Formada em Letras e Pedagogia, a senadora ocupou os cargos de professora, supervisora, diretora de escola, Secretária Municipal de Educação de Campo Grande e Secretária Estadual de Educação. Além disso, dirigiu a Delegacia do Ministério da Educação –MEC- no Estado, ajudando a reconhecer 54 cursos superiores e liberando recursos para a instalação de 16 escolas agrícolas.


Participou da fundação da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar – OMEP/BR/MS - e foi Presidente Estadual e Vice-Presidente Nacional da organização.

Marisa também foi autora de duas coleções de livros didáticos; “Novos Rumos em Comunicação” e “Comunicação em Língua Portuguesa”.

Sua carreira política teve início em 1977, tendo sido eleita vereadora mais votada em Campo Grande. Em 1994 elegeu-se deputada federal, sendo reeleita em 1998. Nesse período, participou da redação final da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e da elaboração do Plano Nacional de Educação – PNE.

Ocupou por dois anos (2000-2002) a presidência do PARCUM-Parlamento Cultural do Mercosul, tendo criado o curso de mestrado em Gestão de Política Cultural que funciona na Universidade de Palermo, Buenos Aires, Argentina, atendendo a estudantes oriundos de todo o bloco Mercosul.

No período de 2001-2002, ocupou a presidência da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia do PARLATINO- Parlamento Latino Americano, que congrega parlamentares (deputados e senadores) de 27 países, quando deu impulso a elaboração do Plano de Educação para a Integração da América Latina e Caribe, que recebeu Moções de Apoio de diversos parlamentos.

Marisa foi eleita presidente do Secretariado Nacional do PSDB/Mulher 2002 e reeleita em 2003, promovendo diversos projetos visando garantir a participação igualitária da mulher na política partidária.

De 1999 a 2001 foi membro da Executiva Nacional do PSDB e de 2000 a 2004 ocupou a Presidência do Diretório Estadual do PSDB, fortalecendo o partido e ampliando a participação das mulheres no diretório estadual e municipais.

Em 2002, Marisa disputou o Governo do Estado contra o então governador Zeca do PT, sendo derrotada no segundo turno por pequena margem de votos. Em 2004, foi eleita vice-prefeita de Campo Grande.

Em 2006 tornou-se a primeira mulher a se eleger para uma cadeira do Senado em Mato Grosso do Sul, com mandato até 2015. Também foi vice-presidente da Executiva Nacional do PSDB.

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