Vereador afastado Júnior Teixeira faz a própria defesa na tribuna
Foto: Hédio Fazan
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O vereador afastado Junior Teixeira (PDT) teve o mandato cassado pela Câmara de Dourados. Foram nove votos a favor da cassação. Os vereadores Cemar Arnal, Bebeto e Albino Mendes tiveram o direito de voto impedido porque pertencem à coligação do acusado e, portanto, isto poderia configura um \'vício\'.Em entrevista ao Douradosagora, Júnior disse que sabia que seria cassado mas já adianta que vai recorrer da decisão, junto à Justiça. Quer provar a inocência e responsabilizar os culpados, judicialmente.
Júnior fez a própria defesa, já que o advogado dele, Airton Stroppa pediu afastamento do caso. A Câmara negou pedido de Júnior que solicitou prazo de dez dias para constituir novo advogado e consequentemente adiamento do julgamento.
Durante a entrevista ao site Douradosagora, Júnior Teixeira diz as \'provas\' são manipuladas e que suas testemunhas não foram ouvidas, mesmo porque não foram acionadas o que, segundo ele, seria prerrogativa do Comissão instituída pelo Legislativo para analisar a denúncia.
O parlamentar afastado denuncia que trechos de sua conversa com o então secretário Eleandro Passaia foram editados. Em um deles, Júnior aparece questionando: (...) são R$ 35 mil? Esta, conforme alega Júnior, seria uma pergunta feita a Passaia no contexto de uma conversa. Ele afirma que este pedaço foi editado e que não prova nada contra ele.
Ele afirma que estava trocando cheques - costume que, segundo ele, é comum quando atuava na Câmara, referindo-se às imagens em que aparece pegando dinheiro. Também diz que ele próprio, quando membro da Comissão Processante instituida pela Câmara, pediu a cassação do então prefeito Ari Artuzi. Conclui que, portanto, num trabalhou para \'proteger\' Artuzi.
Júnior Teixeira cobra o Ministério Público sobre denúncias que recairiam sobre deputados estadual e federais, de Campo Grande e Dourados.
Ele também denunciou que haveria um esquema travado entre os suplentes dos vereadores indiciados, para cassar todos. Júnior disse que, nos casos dos vereadores afastados, Marcelo Barros e Aurélio Bonatto, haveria duplos relatórios. Um pedindo a absolvição e outro pedindo cassação. Este último teria ocorrido depois do suposto acordo entre os suplentes, disse Júnior Teixeira ao Douradosagora.