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POLÍTICA

Fabrício Queiroz, ex-assessor de F. Bolsonaro, é preso no interior de São Paulo

18 Jun 2020 - 07h48Por CNN
Queiroz ao lado do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República - Queiroz ao lado do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República -

O policial militar reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (18). O mandado de prisão é do Rio de Janeiro. A CNN confirmou a informação com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. Veja as imagens do momento da prisão de Queiroz.

Segundo o colunista da CNN Igor Gadelha, Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do senador. Queiroz foi levado para a sede da Polícia Civil em São Paulo e será encaminhado para o Rio de Janeiro

A prisão faz parte de uma ação conjunta entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) dos dois estados.

Fabrício Queiroz, de 55 anos, foi assessor e motorista de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018, um mês antes do início da operação que apura esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na qual é investigado. 

No inquérito, o ex-subtenente da Polícia Militar é suspeito de cobrar a "rachadinha" – termo usado para apontar a prática de descontar salários de servidores – quando trabalhava no gabinete de Fávio Bolsonaro.

Na época, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou movimentação superior a R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz, amigo da família Bolsonaro. A filha dele trabalhava no gabinete do presidente quando este era deputado federal.

A Operação Anjo, realizada nesta quinta-feira, é um desdobramento da investigação sobre corrupção na Alerj.

Os agentes cumprem outras medidas cautelares, autorizadas pela Justiça, como busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em Juízo e proibição de contato com testemunhas.

Outros alvos das ações de hoje são o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

Laços com a família Bolsonaro

Fabrício José Carlos de Queiroz, de 55 anos, é ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. Policial Militar aposentado, também foi motorista do senador, filho do presidente Bolsonaro.

Queiroz, que foi subtenente da Polícia Militar, já foi lotado no Batalhão Policial de Vias Especiais (BPVE). Como policial militar, se envolveu em 10 “autos de resistência”, isso é, morte de suspeitos.

Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro se tornam amigos nos anos 1980. Queiroz pode ser visto junto da família de Bolsonaro em momentos de lazer, em algumas imagens publicadas em redes sociais. Sua presença já foi registrada em jogos de futebol, saídas para pesca, atos de campanha e churrascos da família Bolsonaro.

A amizade já foi citada publicamente pelo presidente durante uma entrevista. Na ocasião, ele disse que era amigo de Queiroz há muitos anos e que já o auxiliou com empréstimos algumas vezes. Segundo Bolsonaro, Queiroz devia R$ 40 mil.

Durante os anos 2000, o ex-policial trabalhou por mais de dez anos como segurança e motorista de Flávio, o filho mais velho do presidente. Ele recebia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um salário de R$ 8.517 e acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar.

Flávio Bolsonaro também empregou em seu gabinete mais duas pessoas ligadas a Queiroz. Além da mulher e de duas filhas, o ex-assessor indicou a enteada, Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, e o ex-marido da atual mulher, Márcio da Silva Gerbatim, para trabalhar no gabinete.

Aos 21 anos, a enteada de Queiroz aparecia na folha de pagamento de outubro de 2018 da Alerj com um salário líquido de R$ 7.549,75 – valor idêntico ao que a filha Evelyn Melo de Queiroz recebia por seu trabalho no gabinete.

A outra filha de Queiroz, Nathália Melo de Queiroz, foi nomeada de setembro de 2007 a fevereiro de 2011 no gabinete da vice-liderança do PP, partido de Flávio à época, com salário bruto de R$ 6.490,35.

Queiroz foi exonerado do gabinete do então deputado estadual em 15 de outubro de 2018, oficialmente para tratar de sua ida à reserva da PM.

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