Délia pode assumir vaga na Assembleia, caso Antonieta renove pedido de licença. - Crédito: Foto: Marcos RibeiroPré-candidata à sucessão do prefeito Murilo Zauith (PSB), a vereadora tem como principal adversário seu ex-companheiro de PMDB, o deputado federal Geraldo Resende, que se abrigou no PSDB atendendo a convite do governador Reinaldo Azambuja.
A republicana, no entanto, só deverá assumir o cargo na eventualidade de Antonieta renovar a licença que pediu à Mesa Diretora da Assembleia por mais de 120 dias, conforme estabelece o regimento interno da Casa.
O estado de saúde de Antonieta, de 53 anos de idade, inspira cuidados. De acordo com o portal Midiamax, ela foi submetida a um ‘procedimento neurocirúrgico para clipagem de aneurisma cerebral em segmento supraclinoideo de artéria carótida interna direita’, no último dia 8 de abril, no Hospital São José, em São Paulo (SP).
Apesar da possibilidade, o presidente da Casa, deputado Júnior Mochi (PMDB), afirmou que não tem mais informações sobre a saúde da colega. "Ainda não recebi nenhuma solicitação", disse o peemedebista.
Mochi confirmou que, caso o afastamento se prolongue por mais de quatro meses, o suplente deverá ser convocado. O primeiro atestado apresentado por Antonieta data de 29 de março, com isso, caso ela não retorne até o final de julho, na sessão de 2 de agosto, a Assembleia precisará convocar o primeiro suplente, no caso, a vereadora douradense.
Pessoas ligadas à parlamentar peemedebista revelaram que o estado de saúde dela é crítico. No último atestado encaminhado à Casa, assinado pelo neurologista Samuel G. da Costa Duarte, o médico afirmou que a ‘a paciente’ ainda estava em ‘recuperação clínica do procedimento’, e que deveria se afastar do trabalho pelo menos até 31 de julho.
A assessoria da deputada afirmou apenas que ela está em recuperação da cirurgia, porém não há previsão de seu retorno, o que depende do aval dos médicos.
Campanha
Mesmo assumindo uma cadeira na Assembleia, a campanha de Délia Razuk à prefeitura douradense não será prejudicada, uma vez que durante esse período os deputados candidatos ficam livres para visitar suas bases eleitorais e pedir votos normalmente.
As convenções para a escolha dos candidatos e a deliberação sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto. Após o registro dos candidatos, que deve ser apresentados até as 19h do dia 15 de agosto de 2016, a campanha começa pra valer no dia seguinte.
Com as mudanças impostas pelas novas regras eleitorais, a campanha deste ano foi reduzida de 90 para 45 dias.
A Mesa Diretora garante que o período eleitoral não irá atrapalhar os trabalhos legislativos. "As eleições municipais, obviamente, despertam o interesse e têm a participação efetiva dos deputados estaduais. Mas, em nada, este período irá prejudicar a tramitação das matérias e desenvolvimento das sessões legislativas", avalia Mochi.
Ele lembra que, conforme o Regimento Interno, as sessões acontecem às terças, quartas e quintas. Desta forma, os deputados terão os finais de semana, segundas e sextas para participarem das campanhas eleitorais dos seus candidatos nos municípios.
"Já tivemos essa experiência em eleições anteriores e, certemente, nesta também não teremos nenhuma consequência aos trabalhos da Casa de Leis", apontou.
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