
Até a véspera de Páscoa o processo se mostrava indefinido no campo das preferências sobre as duas indicações. Enquanto o grupo de Arroyo, composto por deputados republicanos, petistas e o isolado peemedebista Marquinhos Trad alardeava pelo menos oito votos a seu favor, a ala que defende o nome de Marisa para suceder Celina no TCE se articulava, mesmo que de forma mais discreta, para podar o projeto do deputado.
Nessa espécie de “batalha silenciosa”, o grupo pró-Marisa levaria vantagem, se levado em conta os supostos principais articuladores da sua candidatura: o governador André Puccinelli (PMDB) e seu grupo de apoiadores, entre eles, quatro dos cinco deputados da bancada peemedebista na Assembleia Legislativa, além de pelo menos três membros do PSDB - os parlamentares Professor Rinaldo, Dione Hashioka e Márcio Monteiro.
Além disso, deve-se levar em conta que os peemedebistas, mais do que ninguém, não querem encontrar pela frente, mais uma vez, nas duas próximas eleições (2012 e 2014), tucanos rebeldes dispostos a pôr um fim no casamento de mais de duas décadas que une as duas legendas nas disputas pela prefeitura da Capital e do poder estadual, principalmente.
#####MENOS TURBULÊNCIAS
Sem Marisa - uma das principais lideranças tucanas estaduais - à frente de qualquer um desses projetos para ameaçar a hegemonia do PMDB no Estado e em Campo Grande, avaliam peemedebistas atrelados à cúpula da legenda em MS, este último partido teria de enfrentar menos turbulências para consolidar seu próximos objetivos afim de continuar comandando os principais colégios eleitorais regionais.
E ainda, de quebra, continuaria contando com o apoio, sempre presente do tucanato estadual, já que a saída de cena da senadora, do espectro político estadual, abriria uma brecha para o tucano Antonio Russo Netto assumir a vaga em Brasília.
Se for levado por este aspecto, Arroyo, que tem feito uma verdadeira peregrinação, nos últimos dias, pelos gabinetes da Assembleia em busca de votos para migrar para o TCE, teria reduzidas, de forma drástica, as suas chances para mudar de Casa.
Análises à parte, o certo é que a partir desta semana os ânimos dos principais envolvidos na conquista da vaga no TCE deverão se acirrar, dando brecha para movimentações cada vez mais dinâmicas nos bastidores da política regional.
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