Movimentos populares protocolaram pedido na Câmara de Vereadores ontem
Foto: Hédio Fazan
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A Câmara Municipal de Dourados foi acionada ontem por movimentos populares. As mais de 30 entidades cobram do Legislativo um pedido de cassação contra os 11 vereadores presos na Operação Uragano da Polícia Federal, suspeitos de participar de esquema de propina e desvio de dinheiro público.
De acordo com o presidente do Comitê de Defesa Popular, Ronaldo Ferreira, o pedido se estende aos partidos. “O Regimento Interno da Câmara diz que somente a Mesa Eiretora e partidos podem fazer o pedido de abertura de um processo de cassação, quando são os vereadores os denunciados”.
Segundo ele, por causa disso, os representantes do PT, PR, DEM, PPS, PMDB, PDT e PRB também foram acionados. “Queremos saber se os presos da Uragano vão continuar tendo credibilidade e sendo apoiados nestes partidos”, explica.
Segundo Ronaldo é inadimissível que os vereadores presos continuem a ocupar seus cargos, sem nenhum risco de perda. Apesar disso, ele sabe que os desafios são grandes. O primeiro deles é que o presidente da Mesa é o vereador Dirceu Longhi (PT), que também foi indiciado na Operação, junto com 10 outros vereadores. Somente a vereadora Délia Razuk (PMDB), que hoje ocupa o cargo de prefeita interina, não foi alvo de denúncias.
Ronaldo diz que as entidades vão cobrar um posicionamento da Câmara e que novos protestos não estão descartados. “A população se sente traída por estes parlamentares”, conta.
COMISSÃO
A Comissão Processante, que pode cassar o prefeito afastado Ari Artuzi, por má gestão dos recursos da Saúde reúne a imprensa na manhã de hoje, às 7h30. Em pauta a decisão sobre se o processo será arquivado ou não. A hipótese é basea-da num pedido da defesa do prefeito. O argumento apresentado é o de que o processo não teria validade devido a falhas “gritantes” em sua eleboração.