Segundo informações da PF, as três pessoas que foram detidas chefiavam o tráfico dentro das aldeias. Entre as drogas apreendidas foram encontradas maconha, crack e cocaína.
A operação Tekohá está sendo realizada com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o Ministério Público Federal (MPF). Todo o trabalho está sendo coordenado pela PF do Distrito Federal e o efetivo envolvido é de aproximadamente 30 policiais federais de Dourados e de outros estados, além de agentes da Força Nacional.
Ainda segundo a PF, a operação começou por volta das 6h e deve cumprir 13 mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira nas duas aldeias que compõe a reserva indígena.
Tekohá
A denominação Tekohá vem do guarani e significa o lugar físico que engloba terra, mato, campo, águas, animais, plantas, remédios e outros elementos, onde se realiza o teko, que significa “modo de ser”, da vida guarani.
Reserva Indígena
A Reserva Indígena de Dourados, formada pelas aldeias Jaguapirú e Bororó, tem 3,6 mil hectares e abriga 12 mil indígenas das etnias guarani-kaiowá, segundo informações do MPF.
O delegado da PF de Brasília, que está coordenando a Operação Tekohá, Antônio Carlos Moriel Sanches, afirmou que a reserva indígena de Dourados tem características singulares que facilitam a criminalidade.
\"A Reserva é praticamente como um bairro de Dourados e isso faz com que a criminalidade seja mais alta quando comparada a aldeias de outros estados\", explica o delegado.