No Dia Internacional da Mulher (8/3), pelo menos três boletins de ocorrência foram registrados para denunciar casos de violência doméstica em Dourados. Os registros mostram espancamento, danificação de bens e ameaça às vítimas.
Uma das ocorrências registradas relata que entre a 00h e 6h30, uma mulher (41) residente na Vila Ubiratan, foi agredida e hostilizada pelo companheiro. Na delegacia, ela afirmou que havia saído na noite de sábado (7/3) com o namorado, de 44 anos, para tomar cerveja em um bar na rua Eulália Pires.
Em determinado momento o casal teve uma discussão e o agressor a pegou pelos cabelos. Testemunhas separaram o homem da vítima, mas ele não permitia que ela fosse embora, a acusando de estar com a chave do carro. Um rapaz, que estava no estabelecimento, conseguiu localizar a chave e a mulher deixou o local.
Mais tarde, por volta das 05:40 de domingo, o agressor chegou no imóvel e abriu a janela do quarto da vítima, pegando ela pelos cabelos. A mulher estava deitada na cama, que fica encostada na parede.
A vítima passou a gritar por socorro e a filha, de 13 anos, foi chamar o irmão, que mora no mesmo quintal. Nesse meio tempo, o agressor entrou na casa e espancou a mulher com capacetadas. A adolescente voltou e também sofreu chute. A mulher conseguiu derrubar o agressor, momento em que se apossou de uma pedra e iria partir para cima da vítima, mas o filho interviu e entrou em luta corporal com o agressor.
A mulher e os filhos disseram que iriam para delegacia e o acusado também foi. Lá ele acabou autuado em flagrante por violência doméstica.
MAIS VIOLÊNCIA
Outro registro policial relata que, por volta das 1h52 um homem de 40 anos invadiu uma residência no Jardim Guaicurus onde estavam os três filhos de 7, 11 e 16 anos, juntamente com a avó de 65 anos. Lá ele chamou pelas crianças, mas não foi atendido, momento em que ateou fogo na motocicleta da ex-mulher e na casa.
O fogo atingiu também a bicicleta das crianças. A mãe delas chegou minutos após o acusado deixar o local. A fachada do imóvel estava em chamas e dentro de casa a avó com as três crianças estavam em estado de choque, sem conseguir sair do local.
Vizinhos foram chamados e conseguiram controlar o incêndio. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima relatou que pela demora no atendimento não teve outra alternativa a não ser mobilizar os moradores da rua.
A vítima tem medida protetiva contra o ex-marido, de quem se separou há cerca de 5 meses. Durante esse período ela já registrou duas outras ocorrências contra ele por ameaças e descumprimento da medida judicial.
Os filhos dela e a mãe saíram do imóvel sem sofrer ferimentos.
OUTRO CASO
No Jardim Flórida, uma mulher de 39 anos acionou a Polícia Militar após o marido chegar em casa e agredi-la com empurrões. Segundo consta no registro, o casal estava em uma festa de família e o agressor passou a ingerir bebida alcoólica. A vítima não bebe, e ao ver que o marido estava se embriagando, decidiu ir embora o deixando sozinho no local.
Isso acabou irritando o homem, que quando chegou em casa horas depois, acordou a mulher com chutes na cama. Ele discutiu com ela por ter sido deixado no evento familiar e a empurrou. O agressor então disse que iria ficar na casa da mãe, que mora aos fundos da residência do casal.
A mulher então trancou a porta do quarto, temendo que o marido, com quem vive há 16 anos, voltasse. O que aconteceu. Ele retornou e passou a dar chutes na porta e antes que arrombasse, a filha do casal abriu e acabou lesionada.
A mulher aproveitou para sair correndo e chamar a polícia. A guarnição chegou ao local e conduziu o casal até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde foi feito o registro de vias de fato com tipificação por violência doméstica.
A filha do casal não quis ir até a delegacia e também não quis representar contra o pai por conta da pancada sofrida ao abrir a porta. Ela afirmou que não se envolveria na briga dos pais.
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