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Homicídio

MS lidera crescimento de mortes violentas e de mulheres no País

06 Jun 2018 - 07h52
Mortes a esclarecer revela sistema de informação precário - foto: Cido Costa - Mortes a esclarecer revela sistema de informação precário - foto: Cido Costa -
O Estado de Mato Grosso do Sul foi o que mais registrou aumento em casos de mortes violentas a esclarecer e homicídios contra mulheres em ranking nacional. É o que mostra o Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O documento foi publicado ontem.

A pesquisa apontou que dentre os anos de 2015 e 2016 houve um crescimento de 101,6% no número de de mortes violentas por causa indeterminada, ou seja, aquelas não esclarecidas. Em 2015 foram registrados 62 casos contra 125 no ano seguinte. Se levado em consideração os últimos 10 anos da pesquisa (2006 e 2016) o crescimento é de 64,5%.

As mortes violentas são classificadas como acidentes fatais, inclusive mortes no trânsito; suicídios; homicídios (acrescido de latrocínios e lesão corporal dolosa seguida de morte); e mortes decorrentes de intervenção policial.

O relatório aponta ainda que se levado em conta a taxa de mortes a cada 100 mil habitantes, o Estado de MS também lidera o ranking nacional com variação de 90,2%. Isso quer dizer que em 2015, para cada 100 mil habitantes 3,1 se tornava vítima de mortes violentas. Em 2016 esse número saltou para uma taxa de 5,9 mortes violentas a esclarecer para cada grupo de 100 mil habitantes.

Má qualidade

A proporção de mortes violentas não esclarecidas em relação ao total de mortes violentas é um dos principais indicadores de qualidade dos sistemas de informação de mortalidade (da saúde). Nos países desenvolvidos, geralmente, as mortes violentas indeterminadas representam um resíduo inferior a 2% do total de mortes por causas externas. Isso ocorre porque, nesses lugares, se reconhece a
importância de se descobrir as causas que levaram o indivíduo a óbito como elemento fundamental para evitar novas mortes futuras.

Mortes de Mulheres

O Atlas da Violência 2018 também mostra uma triste realidade para mato Grosso do Sul. O Estado foi o que mais registrou aumento de homicídios contra mulheres. De acordo com a pesquisa, foram 50 casos em 2015 contra 80 em 2016; uma variação de 37,9%.

MS também registrou 4,3 homicídios contra mulheres para cada grupo de 100 mil habitantes em 2015 e esse número saltou para 6,0 em 2016, totalizando um aumento de 38,8%; o maior do País.
Com relação a mortes de mulheres negras, MS registrou aumento de 17,3%. Esse percentual é de elevação de 78,7% de mortes por mulheres não negras.

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