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Jovem com rosto e corpo de modelo é atraída para o mundo do crime

09 Jan 2011 - 21h34
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#Jovem com rosto e corpo de modelo é atraída para o mundo do crime
####Polícia investiga a ligação dela com roubos e drogas e tenta traçar um perfil da personalidade dessa moça de apenas 18 anos.



Ela saiu de Santa Catarina e foi para São Paulo com o sonho de ser advogada, e acabou na cadeia. Você vai conhecer nesta reportagem a história de Marinês, a bandida dos olhos verdes.

Marinês é uma morena de olhos verdes, rosto e corpo de modelo, que foi usada pelo crime. “Eu creio que não era pela minha beleza, mas sim pelo meu saber. Pelo meu estudo que eles sempre pediam para eu fazer alguma coisa, ir no banco junto com eles, assim. Ou shopping ou contas. Eles queriam, devido ao meu nome está limpo”, diz.

Bandida ou uma jovem ingênua? A polícia ainda investiga a ligação dela com roubos e drogas e tenta traçar um perfil da personalidade dessa moça de apenas 18 anos. “Nunca roubei antes”, conta ela.

A beleza e o porte dela chamaram a atenção da polícia. “Nós tínhamos as imagens do circuito interno de monitoramento quando passou o trio e a moça chamou a atenção, até porque era uma moça bonita. O pessoal fez um comentário e quando olhamos fixamente, percebemos que se tratava do trio que havia praticado o roubo no supermercado”, declara o policial José Roberto Ramalho.

Foi assim que Marinês virou personagem das páginas policiais. Ao passar perto do posto da Guarda Municipal, foi presa com dois cúmplices: um homem e uma menor de idade.

Marinês estava junto com um casal que assaltou o supermercado com uma arma. A câmera de segurança mostra a jovem passando atrás deles na hora do crime.

“Desodorante, creme de cabelo, que a menina pegou e colocou dentro do carrinho, e uísque. Eles roubaram dinheiro do caixa, de uma média de R$ 150”, afirmou.

“Foi de última hora eles assaltaram, porque nem eu sabia, e se eu sabia com certeza não teria ido junto com eles lá”, disse ela.

Para chegar no supermercado, o casal e Marinês roubaram o carro de um taxista. “Foram dois crimes na sequencia. Se as penas forem somadas, vai fazer com que permaneçam um tempo na cadeia”, afirma o delegado Marcel Fher.

O campo fica em Iporã do Oeste, interior de Santa Catarina, quase divisa com a Argentina, onde Marinês vivia com a mãe viúva e um irmão adolescente, até agosto do ano passado.

Marinês deixou a casa simples na zona rural de Iporã do Oeste dizendo para a mãe que queria um futuro melhor. Queria trabalhar e estudar direito. Perdeu o emprego. Longe da família e aparentemente ingênua, foi atraída por más companhias.

A mãe de Marinês, Dona Lourdes, toca sozinha o sítio e chegou a enviar dinheiro para ajudar a filha em São Paulo. “Mandei R$ 1,2 mil”, contou ela.

Marinês está na cadeia de Itupeva na Grande São Paulo e na entrevista pediu para não mostrar o rosto. “Eu já estou marcada. Mas eu me sinto melhor não mostrando o rosto”, disse.

Ela não conta, mas a mãe garante que a filha vivia sob ameaça em São Paulo. “Sendo ameaçada. Isto aí que ela estava falando para mim. Ela não podia nem dizer certo onde ela estava morando. E eu insistindo para ela: ‘aonde você está?’ ‘Mãe eu não posso falar porque eu estou sendo vigiada’”.

“Essa pseudoingenuidade por essa educação, pela vida que teve anteriormente, ficou sendo uma presa fácil para pessoas mais astutas”, explicoa Geraldo Vendrame Ribeiro Jr, advogado de Marinês.

A jovem admite que vivia em baladas regadas a drogas. “Eles usavam drogas. Não uso, minha mãe não deixa eu usar”, diz ela.

O gosto pelo desenho e a vontade de ser advogada não acabaram. Mas para ela, a volta à vida normal, pode demorar muito. “Estou com vergonha por envergonhar a minha mãe e gostaria de ir embora, só isso”.

“Se eu mandasse um recado para minha mãe, pediria desculpas pra ela pelo que eu fiz. Diria para ela não se preocupar, para ela pensar na saúde dela. Para ela cuidar bem do irmão, que está do lado dela, e para tentar, se ela puder, tentar vir me visitar”, pediu Marinês.

“Deus o livre, eu não tenho sossego, eu não tenho sossego. Eu não posso nem falar quase. Porque ver uma pessoa assim sofrendo. Chega a hora da comida, não posso mais comer. Chegou Natal, Ano Novo”, se emociona a mãe.

“O que eu fiz teve as consequências e essas consequências eu vou ter que enfrentar”. (Fonte: Globo; Fantastico)


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