Governo do Estado realizou no Frigorífico JBS, a incineração de 83 toneladas de drogas apreendidas. - Crédito: Foto: Jéssica BarbosaAvaliada em R$ 66 milhões, a droga incinerada ontem nos fornos do JBS, localizado na saída para Sidrolândia, segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), José Carlos Barbosa, representa uma grande perda para os traficantes que se utilizam das rotas no Estado para transportar cargas que têm como destinos outros estados. A quantidade de drogas apreendida no Estado representa 40% das apreensões em todo o País.
Reinaldo afirmou que o Mato Grosso do Sul não vai deixar de cumprir seu papel, fiscalizando as rodovias e realizando grandes apreensões, mas considera necessário apoio do Governo Federal para conter o avanço do tráfico. "A droga irriga os estados e acaba com as famílias no País", destacou o governador, defendendo também o fortalecimento das forças de segurança na fronteira com o Paraguai, que produz praticamente toda a maconha que passa por MS e da Bolívia, a grande exportadora de cocaína para o Brasil.
Segundo o governador, o País precisa de um plano nacional consistente para conter o tráfico e lembrou que as 83 toneladas de drogas – entre maconha, cocaína e outros tipos de entorpecentes – incineradas ontem é resultado conjunto do trabalho das forças policiais e gera uma reflexão sobre a necessidade de uma política de segurança pública para a fronteira.
O governador também anunciou que o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, vai apresentar em 15 dias um projeto para a região de fronteira e mais efetivo da Polícia Federal. "Vamos aguardar, pois a disputa entre traficantes do outro lado da fronteira gerou um clima de terror na região", afirmou.
O secretário José Carlos Barbosa disse que a incineração de drogas foi um ato logisticamente justificável e que a queima de uma quantidade recorde de entorpecente promove repercussão nacional para Mato Grosso do Sul e destaca o trabalho da polícia, estimulan do a ação policial e também chama a atenção do Governo Federal para a necessidade de atos mais efetivos para a segurança na região de fronteira.
O delegado-Geral de Polícia Civil, Marcelo Lopes Varas, que acompanhou a logística do transporte e incineração da droga, explicou que 50% do volume incinerado ontem é resultado de apreensões realizadas na própria Capital e que estava armazenado na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) e o restante em cidades que não contam com estrutura para guardar e incinerar a droga.
Ele lembrou que incinerações menores são realizadas nas cidades que dispõem de uma estrutura de fornos, como Amambai, Nova Andradina, onde já foram feitas incinerações recentemente e que a queima de ontem representa um duro golpe no crime organizado.
Segundo dados da Sejusp, somente nos primeiros cinco meses deste ano já foram apreendidas 109,1 toneladas de entorpecentes, contra 101,8 toneladas no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento nas apreensões de 7,2%.
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