Ao G1, o sargento Gilberto de Oliveira, que comandou a equipe de bombeiros responsável pelas buscas, disse que o corpo havia acabado de boiar quando foi avistado. "Foi por volta das 12h30 [de MS]. O corpo não estava inchado nem com mal cheiro. A água gelada por conta do frio acabou conservando muito. Ele tinha emergido há 96 h", explicou, acrescentando que foi difícil encontrá-lo por conta da baixas temperatura na região. "Houve momentos de 9ºC e 10ºC", disse.
Segundo o militar, o rapaz de 28 anos morava em Angélica e era funcionário de uma usina no município. Um colega que assava carne às margens do rio, perto de um bebedouro para animais, teria visto o momento em que a vítima caiu na água ao manobrar o barco.
"Segundo o amigo, ele [vítima] saiu com o barco para dar uma volta. A 70 metros, subiu o rio e na hora de voltar para o bebedouro deu uma acelerada. O trecho era de muita correnteza. Ele estava em um barco pequeno, com borda baixa e motor muito grande para um barco pequeno, o que é um fator de risco. Quando virou, o barco emborcou e a ponta ficou para cima", relatou o sargento.
Neste momento, a vítima teria se agarrado ao "bico" do barco e pediu ajuda gritando por socorro. O colega ainda o acompanhou pela margem e entrou na água, mas a correnteza era forte e desistiu. O corpo foi encontrado com blusa, bota e os documentos. Quatro bombeiros do quartel de Ivinhema participaram do trabalho, além de amigos da vítima. Ao todo, foram cinco barcos a procura do rapaz desde as 13h30 (de MS) de terça-feira.
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