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Audiência decide futuro de professor

30 Mai 2011 - 22h57
Audiência do caso do professor acusado de pedofilia acontece hoje, no Fórum - Crédito: Foto: Hédio Fazan/arq.Audiência do caso do professor acusado de pedofilia acontece hoje, no Fórum - Crédito: Foto: Hédio Fazan/arq.
DOURADOS – Uma audiência de instrução, debate e julgamento, marcada para o final da tarde de hoje, na 1ª Vara Criminal de Dourados, vai decidir o futuro do professor, de 36 anos, preso preventivamente, depois de ser acusado pela ex-mulher de pedofilia e armazenar materiais pornográficos em seu computador. A audiência será presidida pela juíza Dileta Terezinha Souza Thomaz.

No dia 13 de março desse ano ela compareceu no 1º Distrito Policial, com um pen drive, acusando o marido de armazenar fotos e vídeos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes, inclusive da filha, uma adolescente de 12 anos.

Na época a delegada representou pela prisão preventiva do acusado, por se tratar de um professor do ensino fundamental, o que seria um instrumento facilitador para a continuidade da prática delituosa e que poderia trazer intraquilidade no meio social. O pedido foi acatado pela Justiça e desde o dia 22 de março ele está preso na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), de Dourados.

Na audiência de instrução, debate e julgamento, marcada para hoje, serão ouvidas como testemunha de acusação, a ex-esposa do professor e outra mulher. Já a defesa arrolou como testemunhas a delegada do caso Franciele Candotti Santana e uma investigadora da Polícia Civil. A adolescente de 12 anos, filha do casal, também será ouvida.

A reportagem entrou em contato com a defesa do professor, o advogado Maurício Rasslan. Ele informou que hoje irá se calar para ouvir o que as testemunhas tem a dizer.

Questionado sobre a inocência de seu cliente o jurista foi enfático. “Não advogo para pedófilos e nem para estupradores. Se peguei esse caso é porque acredito piamente na inocência de meu cliente. Na minha visão ele está preso injustamente”, ressaltou.

Já o advogado assistente de acusação, o criminalista Isaac Duarte de Barros Júnior, se limitou em dizer que irá até a audiência apenas para acompanhar os depoimentos. Depois desse momento vou analisar as informações e então me manifestar oficialmente.

NOVOS FATOS

Na época em que o professor foi denunciado, a delegada disse que ele se camuflava dentro da rede mundial de computadores, com o apelido de “Pipoca”, para poder conversar com a filha e outras garotas para conseguir seus intentos. No entanto durante o curso das investigações, a polícia acabou descobrindo que “Pipoca”, não é o professor, e sim um adolescente de 15 anos, conhecido do primo da adolescentes, filha do acusado.

Em depoimento, “Pipoca”, disse que nunca teve contato com o professor, nem tem seus endereços eletrônicos. O adolescente disse ainda que tinha a filha do acusado, em sua página do Orkut e também no messenger. Ele também confessou que sabia do caso que garota tinha com o primo, um adolescentes, de 15 anos, que é seu amigo.

Já o primo, que ficava com a adolescente, afirmou em depoimento, que tem o contato de “Pipoca”, no seu Orkut e também no MSN, mas que este não seria amigo da prima. O rapaz falou que tanto ele quanto “Pipoca” tinham em seus contatos online uma pessoa por nome “Fabiana”, que só falava besteira. Ele também informou que “Pipoca” nunca teria ficado com a adolescente.

O diretor de uma das escolas que o professor lecionava, disse em depoimento que durante os 10 anos de trabalho na instituição de ensino, o acusado sempre foi um bom profissional e manteve boa conduta. Que tanto alunos, quanto pais e professores gostam dele.

O diretor ressaltou ainda que depois de tomar conhecimento dos fatos, através da imprensa, professores e pais de alunos se solidarizaram com a situação do acusado. Que diante dos acontecimentos a escola decidiu afastá-lo, até que os fatos sejam esclarecidos.

DEPOIMENTO

No depoimento, a adolescente, de 12 anos, filha do professor, confirmou que conversava com um homem chamado “Pipoca”, no MSN, mas que nunca viu uma foto ou vídeo dele. Que ele perguntava se ela mantinha relação sexual com o primo dela e que quis marcar um encontro para fazer sexo, mas ela recusou.
A adolescente também confirmou que se despia na frente da webcam, que mostrava seu corpo nu para “Pipoca\" e se masturbava na frente da câmera do computador. Ela conta que fazia isso porque “Pipoca” ameaçava contar para a mãe dela sobre o caso que tinha com o primo.


Ela confirmou ainda que o notebook apreendido era da família e que todos, tanto ela, quanto a mãe e o professor tinham acesso ao computador portátil. A adolescente, de 12 anos, disse ainda que a mãe teria contado a ela que não mantinha relação sexual com o acusado há muito tempo, porque ele tinha baixo desempenho sexual.

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