
Edmilson de Souza, doutor em engenharia e responsável pelo monitoramento da qualidade do ar, explicou ao prefeito que os níveis de emissão de monóxido de carbono verificados em Dourados são considerados baixos, apesar de a cidade ter em torno de cem mil veículos (entre automóveis, motocicletas e utilitários).
Ele falou também do trabalho feito pelo centro de monitoramento sobre o mau cheiro sentido em várias regiões da cidade há alguns anos. A pesquisa envolveu 557 residências de 12 bairros.
Já o biólogo Yzel Rondon Suarez falou sobre a qualidade da água e das plantas que nascem às margens dos córregos que cortam a cidade. Segundo ele, nessa parte a situação é bem mais grave, pois todos os córregos – Água Boa, Rego D’Água, Paragem e Laranja Doce – estão com água contaminada.
“Nos córregos a qualidade da água não é boa e a prova maior é a diminuição das espécies de peixe. No Água Boa, por exemplo, só existem espécies resistentes à contaminação ou que possuem um sistema de respiração também fora da água, como o Cascudo”, explicou o professor.
Suarez disse que as plantas, algumas delas medicinais, nativas das margens dos córregos, têm situação semelhante à dos peixes. “Apenas espécies resistentes à contaminação sobrevivem”.
O reitor da Uems solicitou a prorrogação do convênio entre a instituição e a prefeitura. O prefeito encaminhou o caso à secretária de Meio Ambiente.
Murilo elogiou o trabalho feito pelos pesquisadores e pediu que o resultado das pesquisas cheguem ao conhecimento da população.
Segundo ele, o levantamento é muito importante para que a prefeitura possa buscar recursos federais visando a despoluição dos córregos.