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Produção industrial de MS inicia 2016 em baixa

04 Mar 2016 - 06h00
Para 63,4% dos empresários,  a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para o mês. - Crédito: Foto: DivulgaçãoPara 63,4% dos empresários, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para o mês. - Crédito: Foto: Divulgação
A produção industrial de Mato Grosso do Sul iniciou 2016 como terminou 2015, isto é, sem apresentar crescimento em janeiro, mesmo diante do fraco desempenho apresentado no mês anterior, conforme a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas sul-mato-grossenses. "O índice referente à produção fechou o mês marcando 38,4 pontos, enquanto para 59,7% dos respondentes a produção em janeiro foi menor, quando comparada com mês de dezembro", analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.


Ainda de acordo com a Sondagem Industrial, para 63,4% dos respondentes, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para o mês, no levantamento anterior o resultado foi de 61,3%. "O índice marcou 32,7 pontos em janeiro, queda de 1,3 pontos no comparativo com igual mês de 2015, mantendo o resultado muito abaixo do patamar considerado adequado para o período, que é alcançado quando o indicador se situa em torno dos 50 pontos. Por fim, a ociosidade média no mês de janeiro foi de 37%", pontuou.


Ele acrescenta que os empresários da indústria estadual não acreditam em melhoras significativas em relação à demanda por seus produtos, quantidade exportada, número de empregados e compras de matérias-primas nos próximos seis meses. "Os índices que medem a expectativa em relação à demanda por seus produtos, número de empregados, compras de matérias-primas e quantidade exportada ficaram, mais uma vez, abaixo dos 50 pontos", afirmou.


Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) segue nos mais baixos patamares da série histórica. "O mês de fevereiro de 2016 marcou o 10º consecutivo com o índice inferior aos 50 pontos, marcando 35,4 pontos. O resultado permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, principalmente, pelo pessimismo apresentado em relação às atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho, marcando somente 20,5 pontos", detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.


Em fevereiro, para 87,9% dos respondentes as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 82,9% dos participantes. Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 65,9% dos respondentes, enquanto para 26,8% elas não se alteraram. Para os próximos seis meses, 62,7% dos respondentes mostraram-se pessimistas em relação à economia brasileira, enquanto no caso da economia estadual o pessimismo foi apontado por 54,9% dos participantes da pesquisa. Com relação ao desempenho da própria empresa, considerando os próximos seis meses, 39% dos respondentes mostraram-se pessimistas, patamar ainda próximo aos dos que acham que a situação permanecerá igual, que chegou a 36,6%.


"O industrial sul-mato-grossense mostra-se pouco confiante em relação aos investimentos, 68,2% dos respondentes disseram que não pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses a partir de fevereiro. Já o indicador de intenção de investimento marcou 38,7 pontos, recuo de 22% sobre igual mês do ano passado", afirmou Ezequiel Resende.

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