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Gestão de José Elias foi centrada na urbanização de Dourados

18 Dez 2015 - 11h34
José Elias e José Cerveira - Arena. - Crédito: Foto: ArquivoJosé Elias e José Cerveira - Arena. - Crédito: Foto: Arquivo
Marcos Morandi


Quando tomou posse no cargo de prefeito de Dourados, em 1977, o engenheiro agrônomo, nascido em Poços de Caldas (MG), José Elias Moreira, já tinha em mãos um programa de governo alicerçado na melhoria da infraestrutura da cidade, que passava necessariamente pela implantação de obras de saneamento básico e na construção moradias para população de Dourados.


“As condições de vida de boa parte da população eram tão ruins que, logo nos primeiros dias, me encontrei com um grupo de mais de 200 mulheres no centro da cidade pedindo água potável e implantação de rede de esgotos”, relembra José Elias.


A preocupação com o oferecimento desse serviço para a população, fez o então prefeito, buscar apoio em experiências já existentes em Curitiba. “Me encontrei com Jaime Lerner e tive a oportunidade de ter contato com projetos que estavam conseguindo solucionar graves problemas semelhantes aos vividos pela nossa gente”.


O ex-prefeito conta que para colocar em prática essas obras, tinha que incentivar a ocupação de grandes áreas isoladas. Segundo ele, naquela época, o número de terrenos vazios era grande. “Precisávamos de uma lei de ocupação de áreas, mas dependíamos, também, de um Plano Diretor”, explica.


Para garantir a execução de obras essenciais, José Elias teve que buscar o apoio da Câmara de Vereadores. “Graças à participação de grande parte dos vereadores, conseguimos viabilizar nossas propostas defendidas durante a campanha”.


Com uma lei de ocupação de solo aprovada e a ajuda do Governo Federal, José Elias conseguiu implantar um arrojado projeto residencial, que foi responsável pelo surgimento dos conjuntos habitacionais do BNH, que hoje são conhecidos como I Plano , II Plano, III Plano e IV Plano. “Alguns desses conjuntos já estavam sendo construídos antes mesmo de assumir a prefeitura, já que era presidente da Cooperativa Habitacional”, justifica.


José Elias relembra que o setor de saúde também exigia medidas eficazes e urgentes. “Quando assumimos o executivo, a cidade apresentava os maiores índices de mortalidade infantil. Muitas dessas mortes estavam ligadas à falta de saneamento básico e à contaminação que vinha das fossas”.


Além das ações de saneamento, moradia, e pavimentação asfáltica de mais de dois milhões de metros quadrados, incluindo as ligações dos distritos, e construção de nove escolas, a administração de José Elias também foi responsável pela urbanização de Dourados, investindo em sustentabilidade, como o plantio de 25 mil árvores.


“A orientação da OMS era de meio metro de área verde por habitante. Nossa gestão conseguiu implantar quatro metros por habitante”.


A gestão de José Elias deu condições de se qualificar como o primeiro candidato de Dourados a governador, em 1982. Tornou-se deputado federal constituinte (1986) e reeleito para a Câmara Federal (1990).

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