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Gestante é a 1ª vítima do zika vírus em MS

31 Dez 2015 - 07h00
Zika vírus e dengue são transmitidos pelo Aedes aegypti, que se desenvolve em água parada. - Crédito: Foto: ArquivoZika vírus e dengue são transmitidos pelo Aedes aegypti, que se desenvolve em água parada. - Crédito: Foto: Arquivo
Uma gestante de 21 anos, moradora de Campo Grande, e que foi atendida no dia 1º de dezembro, é a primeira vítima do zika vírus em Mato Grosso do Sul, conforme boletim divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ela apresentou sintomas como dor de cabeça, vermelhidão nos olhos, mal estar e manchas vermelhas na pele, mas não tinha febre. Ela recebeu atendimento e está em casa.


Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.


Porém, no dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.


A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

Estatística


O número de crianças com suspeita de microcefalia no país aumentou para 2.975, segundo boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. A pasta também investiga a morte de 40 bebês com suspeita de terem a malformação devido ao vírus Zika. Os dados são de registros feitos até o dia 26 de dezembro. Ao todo, 656 municípios de 19 estados e do Distrito Federal têm casos sob investigação.


Pernambuco, primeiro estado a identificar o aumento de casos de microcefalia no país, continua no topo da lista, com 1.153 casos em investigação, o que representa 38,76% das suspeitas em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), do Rio Grande do Norte (154), de Sergipe (146), do Ceará (134), de Alagoas (129), do Maranhão (94) e Piauí (51).

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