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Dourados debate ensino técnico hoje

17 Fev 2011 - 22h40

Audiência pública hoje vai debater sobre cursos que serão oferecidos por Escola Técnica - Crédito: Foto: Divulgação Audiência pública hoje vai debater sobre cursos que serão oferecidos por Escola Técnica - Crédito: Foto: Divulgação
DOURADOS – O futuro da Escola Técnica Federal de Dourados, que será implantada no município dentro do Plano de Expansão do Ensino Técnico do Ministério da Educação, será debatido hoje na Audiência Pública que acontece na Câmara Municipal, a partir das 17h.

Será o segundo encontro para avaliar quais os cursos técnicos que atendem as necessidades dos setores produtivos de Dourados, sobretudo com a formação de mão-de-obra especializada. A primeira reunião aconteceu no escritório do deputado federal Marçal Filho (PMDB), responsável pela inclusão de Dourados no rol das cidades que receberão Escolas Técnicas Federais em Mato Grosso do Sul.

A audiência pública trará a Dourados o professor Marcus Aurélius Serpa, reitor do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Ele vai debater com a sociedade organizada, entre outros assuntos, quais os cursos que serão implantados baseando-se na vocação e na necessidade da região da Grande Dourados. “Nossa cidade vive um momento singular. Só não está empregado quem não quer ou não tem qualificação profissional.

A escola técnica será um incentivo a mais para atração de novas empresas”, enfatizou o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), Antônio Freire, no encontro realizado no escritório do deputado Marçal Filho. Ele sugeriu que a Escola Técnica seja construída em uma área próxima da cidade para facilitar o acesso dos alunos.

Todos que participaram da reunião responderam um questionário com sugestões sobre que cursos implantar em Dourados. Para a chefe da Divisão de Educação Profissional e Tecnológica da Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), Zélia Ramona Nolasco dos Santos Freire, Dourados já comporta um Instituto Federal de Ensino.

“A criação da escola técnica é um grito da nossa sociedade. Por muito tempo Dourados não se preocupou com a educação profissional e hoje sofre com a necessidade de mão-de-obra qualificada”, enfatizou a coordenadora.


Durante a audiência prévia para debater o futuro da Escola Técnica Federal de Dourados, os representantes da construção civil ressaltaram a necessidade da formação de novos profissionais para atender a demanda do setor, que há muito tempo está aquecido no município.

O grupo sugere inclusive incentivar a formação de mão-de-obra feminina para área, principalmente como azulejista. “Essa escola técnica federal deve atender as necessidades do setor, formando profissionais prontos para o mercado que está em expansão”, defendeu Marco Túlio Silva, presidente da Associação das Empresas de Materiais de Construção da Grande Dourados (Acomac).

A pró-reitora de ensino e extensão da Unigran, professora Terezinha Bazé, sugeriu a criação de cursos que contemplam os setores de logística e florestal. “Dourados vive atualmente uma mudança no perfil econômico que implica necessariamente no surgimento de novas profissões que precisam de formação técnica”, salientou. “Precisamos sempre estar um passo à frente para suprirmos a demanda do mercado”, comentou a professora.

Dourados será contemplada ainda este ano com uma Escola Técnica Federal. A instituição de ensino profissional contará com 60 professores e mais 45 técnicos administrativos, para atender cerca de 1500 alunos. Serão investidos entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões, para a implantação da escola, o custeio anual de R$ 1,5 milhão. Para a implantação do projeto é necessária uma área de no mínimo 7 hectares e meio.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Margarida Gaigher, que representou a prefeita Délia Razuk na reunião, o município já está estudando algumas áreas na cidade, que poderão ser cedidas para a implantação da Escola Técnica Federal. Um dos locais está situado próximo a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.

A prefeitura também cogitou a possibilidade de a Escola Técnica Federal ser instalada na mesma área que foi construída a Escola Agrícola, no trevo de acesso ao distrito do Panambi, onde funciona atualmente somente o Ensino Fundamental.

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