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Alunos da UFGD temem inflação no bandejão

30 Mar 2011 - 09h33
Estudantes se dizem preocupados por aumento no preço da alimentação no campus
Foto: Hédio Fazan - Estudantes se dizem preocupados por aumento no preço da alimentação no campus Foto: Hédio Fazan -
DOURADOS – Alunos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) protestaram ontem contra a terceirização do novo Restaurante Universitário, que está em fase de conclusão no campus. De acordo com o coordenador do Diretório Central de Acadêmicos (DCE), Guilherme Ribeiro, os universitários temem que, caso os serviços sejam privatizados, o preço da refeição popular, que hoje custa R$ 3,75, sofra novo reajuste.

Conforme Guilherme, no total são cinco as reivindicações. A primeira é o fim da terceirização. A segunda é a paralisação imediata da licitação que está em andamento para a escolha da empresa que irá gerir o restaurante. A terceira reivindicação é o remanejamento de funcionários públicos para que eles atuem no restaurante, ao invés das empresas. O quarto pedido é para que a UFGD baixe o valor cobrado por refeição para R$ 2. A quinta e última é para que o auxílio refeição seja ampliado a pelo menos 10% dos alunos da universidade. Hoje o benefício é concedido a 399 alunos.

Guilherme explica que a privatização só vai causar transtornos. “Empresa visa lucro e é claro que ela vai cobrar o quanto puder dos alunos para obter o faturamento esperado”, disse.

Segundo Guilherme, eles acreditam que através de democratização da gestão do restaurante, com a participação de alunos de diversas áreas como nutrição, engenharia de alimentos, agronomia, entre outros, é possível manter os preços acessíveis.

#####OUTRO LADO
O PROGRESSO entrou em contato com a assessoria de Comunicação da UFGD que esclareceu que o novo restaurante só não está funcionando porque precisa passar pela licitação para a escolha da empresa gestora. A previsão é de que no dia 25 de abril abra um novo processo, já que no antigo nenhuma empresa foi habilitada.

Quanto à contratação de servidores, como querem os estudantes ao invés da licitação, a UFGD diz que não existem mais esses cargos para concurso público no Ministério do Planejamento. Serviços de cozinha, limpeza, transporte, vigilância, portaria, por exemplo, foram extintos. A UFGD diz que, apesar disso, a universidade será gestora do contrato com a terceirizada, vai fiscalizar e deve exigir qualidade dos serviços prestados, aplicando penalidades quando necessário e até rompimento do contrato.

Sobre os valores cobrados, a UFGD diz que a hipótese de maior preço é de R$ 3,18 para todos os estudantes. Existe um valor máximo que a empresa pode cobrar, estabelecido no edital, que é de R$ 6,36, porém como a Universidade vai subsidiar 50%, e o preço cai para R$ 3,18. O valor, segundo a UFGD, pode baixar durante a licitação, dependendo da concorrência.

Segundo a UFGD serão servidas 1 mil refeições diárias, incluindo almoço e jantar, para estudantes e servidores, estagiários e visitantes da UFGD. A empresa vencedora da licitação deverá oferecer refeições de qualidade, com baixo custo e nutricionalmente balanceada. O RU vai funcionar das 11h às 14h e das 17h30 às 19h30 de segunda à sexta-feira, e das 11h às 14h aos sábados.
Na UFGD, todos os anos, há inscrições para estudantes no programa de Auxílio Alimentação. O acadêmico em vulnerabilidade social comprovada recebe uma bolsa para suas refeições diárias na Universidade. Este ano, a Coordenadoria Especial de Assuntos Estudantis (COAE) ofereceu 390 bolsas no valor de R$ 150,00 mensais cada.

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