
A polícia paquistanesa afirmou ter prendido dois homens acusados de despir uma mulher e obrigá-la a caminhar nua pelas ruas de um vilarejo no norte do país.
Um dos criminosos acusa o filho da mulher agredida de ter tido relações ilícitas com sua esposa.
A polícia afirmou que os moradores não tentaram impedir o ato porque os agressores estavam armados.
O chefe da polícia local, Mohammad Ali Gandapur, disse à BBC que um dos acusados fez uma reclamação aos anciãos do vilarejo alegando que dois homens tiveram relações sexuais com sua mulher.
Ele foi aconselhado a se separar da esposa, mas, em vez disso, resolveu se vingar. Juntamente com quatro homens, ele invadiu a casa de um dos homens que teria se relacionado com a mulher para matá-lo.
Como ele não estava, sua mãe foi arrastada para fora da casa e obrigada a se despir. A polícia ainda procura os outros acusados.
Impunidade
Atos de desonra pública de mulheres não são incomuns no Paquistão e em outras partes do Sul da Ásia, mas são raros na província onde ocorreu o incidente, Khyber Pakhtunkhwa, uma das mais conservadoras do país.
No Paquistão, as poucas mulheres que resolvem prestar queixa após sofrerem abuso têm dificuldades em obter justiça.
Em 2002, Mukhtar Mai foi estuprada por vários homens de um vilarejo na Província de Punjab, após seu irmão ter sido acusado de manter relações sexuais com um mulher.
Depois que Mai processou os estupradores, seis deles foram condenados, mas cinco foram absolvidos na Suprema Corte em abril.
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