Dourados – MS sexta, 26 de abril de 2024
20º
UEMS - Pantanal
Mundo

Parentes se desesperam ao saber da morte de crianças em ataque no RJ

07 Abr 2011 - 15h15
Tia de menina morta em escola de Realengo é
consolada no IML - Crédito: Foto: Aluizio Freire/G1Tia de menina morta em escola de Realengo é consolada no IML - Crédito: Foto: Aluizio Freire/G1
Parentes das crianças mortas durante ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde desta quinta-feira (7). Desesperados, muitos estão em estado de choque.

\"Ela era muito carinhosa. Estava toda animada, tinha acabado de começar a praticar atletismo na Escola Militar, em Sulacap\", disse Ana Paula Oliveira dos Santos, tia de Karine Chagas de Oliveira, de 14 anos, após receber a notícia da morte da menina.

Segundo Ana Paula, a sobrinha vivia com a avó desde pequena. \"Minha mãe está em estado de choque. Ela cria a Karine desde dois anos de idade\", contou a tia da menina, acrescentando que os pais da criança ainda não sabem da tragédia.

\"Vimos o que tinha acontecido pela TV. Meu irmão me ligou e foi ao colégio, mas não encontrou minha sobrinha. Um coleguinha achou o celular dela e corremos para o hospital\", completou.

Daniele Azevedo também buscava informações sobre a prima Larissa dos Santos Atanásio e ficou muito emocionada ao saber da morte da menina. \"Ela era muito brincalhona, inteligente, um pouco teimosa, mas muito simpática”, contou, acrescentando que a prima estudava há cerca de dois anos na escola e gostava muito de ir à aula.

Segundo Dabiele, o hospital comunicou às famílias da morte das crianças através de fotos. Ela contou ainda que, onde mora muitas crianças estudam no colégio, e que as mães estavam na rua desesperadas, e por isso foi até colégio. “Vi crianças baleadas e muito sangue no corredor”, disse.

Segundo autoridades, o nome do atirador é Wellington Menezes de Oliveira e ele é ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.

A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.

Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola (se você esenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).

O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. \"Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio\", disse o policial (veja abaixo a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).

A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.

#####Sobrevivente conta como foi
Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.

“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.

“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.

#####Atirador diz, em carta, que tinha HIV
O subprefeito da Zona Oeste, Edmar Teixeira, afirmou que Wellington Menezes deixou uma carta em que contava ser portador do vírus HIV. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno.

De acordo com o coronel Djalma Beltrami, a carta de Wellington tinha inscrições complicadas. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.

Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes. (G1)

Deixe seu Comentário

Leia Também

Representante humanitária da ONU para Gaza apela por reconstrução rápida
Ajuda humanitária

Representante humanitária da ONU para Gaza apela por reconstrução rápida

25/04/2024 22:45
Representante humanitária da ONU para Gaza apela por reconstrução rápida
Portugal celebra anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos
ONU

Portugal celebra anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos

25/04/2024 21:45
Portugal celebra anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos
Gaza: Calor de 40ºC e falta de água ameaçam ainda mais a vida dos deslocados
Ajuda humanitária

Gaza: Calor de 40ºC e falta de água ameaçam ainda mais a vida dos deslocados

25/04/2024 20:45
Gaza: Calor de 40ºC e falta de água ameaçam ainda mais a vida dos deslocados
Haiti vive pior crise humanitária desde terremoto de 2010
Ajuda humanitária

Haiti vive pior crise humanitária desde terremoto de 2010

25/04/2024 19:45
Haiti vive pior crise humanitária desde terremoto de 2010
50 Anos da Revolução dos Cravos: Portugal celebra o Dia da Liberdade
Dia da Liberdade

50 Anos da Revolução dos Cravos: Portugal celebra o Dia da Liberdade

25/04/2024 12:30
50 Anos da Revolução dos Cravos: Portugal celebra o Dia da Liberdade
Últimas Notícias