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Alunos na Bahia, estão sem aula há duas semanas

23 Mai 2011 - 20h15
Carteira serve de suporte para pia quebrada em
banheiro de escola - Crédito: Foto: Reprodução/ TVBACarteira serve de suporte para pia quebrada em banheiro de escola - Crédito: Foto: Reprodução/ TVBA
Portas fechadas e salas vazias, esta segunda-feira (23) foi mais um dia sem aula em muitas escolas da rede municipal de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Cerca de 30 mil alunos das 80 escolas do município estão fora da sala de aula há mais de duas semanas. Os professores estão em greve e reivindicam melhores condições de trabalho, além de pedirem aumento de pouco mais 20% no salário base.

A auxiliar de serviços gerais da Escola Municipal Vida Nova, Luisa de Souza conta que há mais de 15 dias não tem aula na unidade. “Às vezes os meninos vem aqui. Hoje mesmo veio umas quatro crianças perguntando a mim por que não tinha aula. Eu disse eu não sei”, relata a funcionária.

A paralisação começou no dia 6 de maio. Entre as reivindicações estão redução da jornada de trabalho, plano de carreira para funcionários e ajuste salarial de 21,71%. “A gente só retorna quando a prefeita chamar para negociar mais uma vez e der o que é justo para o trabalhador”, explica Valdir Silva, coordenador da Associação dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas (Asprolf).

Além de melhores condições de trabalho, a categoria quer também melhoria na estrutura das escolas. As salas de aula estão sem porta, com cadeiras quebradas e outros problemas na escola municipal do bairro de Vida Nova. A escola funciona como anexo dentro do Centro Comunitário, no mesmo local da Unidade da Saúde da Família do bairro. Bem em frente a uma das salas de aula, fica um consultório odontológico.

Pessoas ficam na espera fazendo barulho enquanto alunos têm aula. A biblioteca é uma sala pequena com cadeiras quebradas e livros empilhados. Onde os alunos bebem água tem goteira e bebedouro quebrado. O banheiro feminino, que já chegou a ser interditado, está com as portas quebradas. No masculino, uma carteira serve de suporte para uma pia quebrada. Pais de alunos reclamam da situação das escolas. \"É um direito nosso de educarmos os nossos filhos e prepararmos eles para conviverem em sociedade e a gente vem aqui e vê uma escola que não tem a segurança devida\", comenta José Brito, pai de um aluno.


O vice coordenador da Asprof, Raimundo Filho, completa descrevendo a situação da área de lazer de uma das escolas. “A área de lazer para as crianças é um local onde passa moto e cavalos. Onde cavalos entram em sala de aula, botam cabeça na sala de aula, interferem em todo andamento do processo educativo”, conta Raimundo.

Segundo a prefeitura de Lauro de Freitas, a maioria das reivindicações já foram atendidas, como o plano de carreira e o aumento salarial de 9,72%. Com o aumento e as gratificações, o menor salário dos professores fica em R$ 2.070.

Sobre a infraestrutura, a prefeitura informou que estão sendo feitas reformas nas escolas da rede municipal e que está aguardando a entrega de novas carteiras pela empresa que ganhou uma licitação.

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