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Ação pelos oceanos requer mais mulheres e novas gerações

Porta-voz da Conferência dos Oceanos diz que estes grupos devem ter maior visibilidade na proteção dos mares

21 Jun 2022 - 18h00Por ONU News
Na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, ações de mulheres e jovens serão evidenciadas para a busca de soluções. - Crédito:  Ocean Image Bank/Ben JonesNa Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, ações de mulheres e jovens serão evidenciadas para a busca de soluções. - Crédito: Ocean Image Bank/Ben Jones

Na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, ações de mulheres e jovens serão evidenciadas para a busca de soluções.

A necessidade desta conexão é apontada pelo subsecretário-geral Miguel de Serpa Soares. Ele falou à ONU News, em Nova Iorque, sobre possíveis cenários antes do evento, marcado para este 27 de junho, em Lisboa.

Equilíbrio

“Há 10 anos ninguém falava deste assunto. Obviamente, a questão de igualdade de género é mesmo um Objetivo na Agenda 2030. Portanto, o que nós possamos fazer para melhorar as condições e a visibilidade de mulheres e raparigas é muito importante. Ora, o Objetivo, relativamente aos oceanos, abrange obviamente problemas de género. Pensamos que, por exemplo, a maior parte do trabalho de indústrias menos qualificado ou mais mal pago é feito por mulheres. Nós temos estudos que nos dizem que, sistematicamente, o elemento feminino é pago menos do que o equivalente masculino.”

De acordo com a ONU ainda persistem desigualdades mesmo com a presença feminina crescente em campos como o setor marítimo global. 

Para o também assessor jurídico da ONU, que é Campeão Internacional de Promoção de Gênero e porta-voz do evento, o grupo é o mais afetado quando se trata de proveitos nos mares.

Em nível global, uma ilustração desta desigualdade é que em plano mais amplo as funcionárias ganham apenas 77 centavos para cada dólar ganho pelos homens. 

Desequilíbrio

A ONU afirma que um desequilíbrio de gênero atrasaria os benefícios da diversidade marítima.

“Este tipo de situações convém falar delas, e convém também tentar que as mulheres e raparigas façam parte do processo de tomada de decisão que afeta as suas comunidades locais, comunidades piscatórias, comunidades costeiras. E é um tema que nunca se falava até agora e tem que se tomar em conta. Este é um tema que vai ser discutido em Lisboa, o que me alegra, e é um tema que tem que estar presente em todas as áreas de atuação de oceanos, na comunidade científica, nas comunidades de organização local... reativar a pesca e as indústrias alimentares. Há muito trabalho a fazer.” 

Em relação à atuação de jovens, Serpa Soares enfatizou a esperança, mudança e ação.
Para impulsionar a ação do grupo em relação aos mares, a conferência acolhe um evento “Salvar nosso oceano, proteger nosso futuro”. 

Inovações

A ideia é que a interação promova ideias, recomendações, inovações, soluções e ações protagonizadas pelo grupo.
“A juventude, em termos pessoais, tem que estar mais envolvida, porque eu tenho mais esperanças de que a juventude mude alguma coisa do que os menos jovens, por assim dizer. São mais conservadores e resistentes às mudanças. A minha esperança é exatamente os jovens, que até ao momento, aderem muito facilmente a esta mensagem. Eles percebem perfeitamente o desafio. Percebem que este é um patrimônio comum da humanidade, que representa a parte do seu futuro, e, portanto, penso que há mais determinação, mais capacidade e mais vontade de mudança por parte dos jovens. Nós podemos encorajar isso através de pequenas ações que nem custam muito dinheiro. Nada de significado.”

A Conferência de Lisboa quer liberar o potencial de jovens gerações como parte da Década da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável.

Este alvo faz parte do ODS 14, onde se espera que jovens impulsionem processos que envolvam governos.

A atuação seria em campos como multilateralismo, ciência, políticas ambientais, parcerias para conservação e restauração de ecossistemas marinhos.

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