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Maicosuel e as sete facetas do mago alvinegro

03 Jun 2011 - 20h05
Maicosuel e suas sete personalidades - Crédito: Arte em fotos de André Durão / GLOBOESPORTE.COMMaicosuel e suas sete personalidades - Crédito: Arte em fotos de André Durão / GLOBOESPORTE.COM
Maicosuel entra em campo. Joga os 90 minutos e deixa o gramado. Concede entrevistas, toma banho no vestiário e vai para casa. No dia seguinte, treino. A rotina de jogador do Mago não é novidade para ninguém. Agora quem conhece o paulista de Cosmópolis, que em 13 dias completará 25 anos, sabe que o que se pode ver dentro das quatro linhas é muito pouco. E é alguém muito especial que diz isso. Ele mesmo.

O filho de seu Rebite e de dona Cida também é pai da Duda e marido da Mari. Gosta de brincar de veterano com os jogadores que chegam no Botafogo e até com os mais velhos que ele, como Loco Abreu, a quem ensina palavrões em português. É também um atleta que contrariou as previsões médicas e voltou a jogar após uma grave lesão no joelho esquerdo. E alguém que sabe que, apesar de já ser considerado um Mago, ainda tem muito o que aprender.

Conheça as sete personalidades de Maicosuel que só ele mesmo poderia definir:

Maicosuel Maduro

“Eu tenho personalidade forte. No Paraná, tive problemas com o Caio (Júnior, técnico do Botafogo), assim como tive com o Adílson Batista no Cruzeiro. Se eu treinasse separado do time, já achava que estava tudo errado. Não queria ficar mais ali, achava que tinha que brigar com todo mundo, falar com o meu empresário. Foi uma coisa que me atrapalhou bastante. Perdi muita coisa. Mas também tudo que eu consegui na minha vida foi assim. Sendo verdadeiro, justo. Hoje sei que naquela época era muito moleque. Não faço mais isso. Guardo mais para mim. Aprendi muita coisa. Quando eu fui para a Alemanha, vi como é ruim ficar sozinho. Hoje já me coloco no meu lugar. Sei me controlar. Ainda tenho muito o que aprender, mas acho que estou no caminho certo”.

Maicosuel Amigo

“Fico muito chateado por jogadores como Alessandro e Fahel. Eu até entendo que o torcedor aja com a emoção. Mas ninguém sabe o que a gente passa todo dia ali dentro. Então, eu fico revoltado, maluco, quando vejo o Alessandro pegando na bola e o pessoal gritando para ele ir embora. Poxa, ele é um profissional, com dois filhos para criar. Se eu fosse tão profissional quanto ele é já estaria até numa possibilidade melhor, estaria jogando mais, melhor fisicamente. Tanto ele, quanto o Fahel, que foi obrigado a ir embora por causa disso. São profissionais exemplares. Injustiça e mentira são duas coisas que me tiram do sério”.

Maicosuel Provocativo

“Meu relacionamento com o Loco sempre foi bom, mas ele é um cara com personalidade muito forte. Tem que saber lidar com ele, saber respeitar. Somos vizinhos de vestiário. Sempre estamos juntos. Ele é um personagem, né? Tem cabelo comprido, todo grandão (risos). Eu brinco bastante com ele. Tento xingar em espanhol, ele tenta me xingar em português. Falo que ele nem é mais uruguaio, já é brasileiro. Fala todos os palavrões certinhos (risos)”.

Maicosuel Veterano

“A gente brinca muito com os meninos. Falaram que o Elkeson parece com o Alex, então estão chamando ele de Alex. Quando me chamam de Cidinho (meia do Botafogo), eu fico muito bravo (risos). É uma brincadeira que nosso grupo tem para enturmar logo o jogador. Ninguém leva a mal”.

Maicosuel Fênix
“Sofrer a lesão foi um dos piores momentos da minha vida. Fui para casa, entrei no quarto, tentei dormir, mas não consegui. Tinha que ter aquele sentimento, aquele momento só comigo. Não contei para a minha esposa, para ninguém. Elas não mereciam saber disso. Eu só sabia chorar. Pensei: “Acabou a minha vida”. Achei que ia ter que procurar outra coisa para fazer. Aí quando a operação foi um sucesso, chorei de alegria. Pensava no jogo da volta todos os dias. É muito doloroso você ver seus amigos fazendo aquilo que você mais gosta e não poder fazer também. É horrível. Mas tive superação, força de vontade. Eu queria voltar, queria jogar. Então, fiz aquele gol (na reestreia, em amistoso contra o Friburguense). Na hora, foi muito emocionante. Parecia que tinha sido combinado, como um filme. Inesquecível”.

Maicosuel Torcedor

“A pior coisa do mundo é assistir ao jogo e não poder fazer nada para ajudar. Eu sou muito desesperado, muito angustiado. Dou soco, chute na parede, fico bravo, corneto. Já até quebrei televisão no jogo contra o Avaí (oitavas de final da Copa do Brasil, quando o Botafogo foi eliminado). Minha filha não pode assistir jogo comigo, não. Viro outra pessoa. Falo muita besteira. E eu não gosto muito disso. A partir de agora vou procurar não assistir aos jogos. É uma coisa que me faz mal. E se tem que falar mal, eu falo com os jogadores mesmo, falo que fiquei muito bravo. Eles sabem que é uma crítica construtiva”.

Maicosuel Pai

“Minha menininha é tudo para mim. Fico bravo com ela também, mas em 99% das vezes vou dar risada porque sei que é uma pessoa que me ama. O que eu gosto é disso, de estar em ambientes legais, com pessoas que gostam de mim. Isso me faz bem. Eu não sou pai, sou irmão. Brinco muito com a minha pretinha. Ela é a minha vida. Hoje ela que me acordou, me beijando, fazendo carinho, me chamando de filho (risos). Minha filhinha é meu tudo”.

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