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ECONOMIA

Mercado volta a subir estimativa de inflação para 7% em 2016

09 Mai 2016 - 09h21
Mercado volta a subir estimativa de inflação para 7% em 2016. - Crédito: Foto: DivulgaçãoMercado volta a subir estimativa de inflação para 7% em 2016. - Crédito: Foto: Divulgação
Após oito semanas de queda, os economistas do mercado financeiro voltaram a elevar a estimativa de inflação para este ano, que avançou de 6,94% para 7%, segundo pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada e divulgada nesta segunda-feira (9). Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.

Com este aumento, a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.

Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país voltou a acelerar em abril, atingindo 0,61%. Considerando apenas o mês de abril, esse índice é o menor desde 2013. Mesmo assim, em doze meses, ainda segue em patamar elevado (+9,28%).

Para 2017, porém, a estimativa do mercado financeiro para a inflação melhorou, passando de 5,72% para 5,62%. Foi a quinta melhora seguida deste indicador. Com isso, permanece abaixo do teto de 6% - fixado para 2017 - mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.

A autoridade monetária tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.

Produto Interno Bruto

No caso do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano, o mercado passou a prever uma contração de 3,86% para este ano, contra a estimativa anterior de um "encolhimento" de 3,89%. Com isso, foi interrompida uma sequência de 15 semanas de piora deste indicador.

Se a expectativa dos analista se confirmar, a situação da economia brasileira terá piora frente à retração registrada no ano passado, que foi de 3,8%, e o PIB terá o maior "tombo" desde 1990 - quando recuou 4,35% - ou seja, em 26 anos.

Com a previsão de um novo "encolhimento" do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.

Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras subiram a previsão de alta de 0,40% para 0,50%. Foi a terceira semana seguida de melhora deste indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Taxa de juros

O mercado financeiro baixou a estimativa de 13,25% para 13% ao ano para a taxa básica de juros no final este ano. Isso quer dizer que o mercado acredita em uma redução maior dos juros básicos da economia nos próximos meses. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.

Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 11,75% ao ano - o que pressupõe a continuidade do processo de queda dos juros no ano que vem.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados.

As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.

Câmbio, balança e investimentos

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de R$ 3,72 para R$ 3,70. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 3,91 para R$ 3,90.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 caiu de US$ 48 bilhões para US$ 46,4 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit permaneceu inalterada em US$ 50 bilhões.

Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu de US$ 58 bilhões para US$ 57,3 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas permaneceu inalterada em US$ 60 bilhões.

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