
Ele acrescenta que o único porém no avanço das exportações de industrializados é a crise nos países do Oriente Médio, que são grandes compradores do complexo carne. No mês de abril, conforme o Radar da Fiems, ocorreram reduções nas vendas externas para em importantes compradores do mundo árabe, que, atualmente, passam por conflitos internos de ordem política, notadamente no mundo árabe. “Se tais condições permanecerem, o complexo carne poderá apresentar uma redução líquida, tanto em receita, quanto em volume nos próximos comparativos”, avaliou.
Ainda conforme o levantamento do Radar da Fiems, a receita do setor industrial já responde por 70% de tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul nos quatro primeiros meses deste ano. Na avaliação apenas da receita obtida no mês de abril, quando as vendas externas de industrializados alcançaram US$ 192,9 milhões, o crescimento com relação ao mesmo período do ano passado foi de 43%, quando o valor foi de US$ 134,9 milhões. Quanto à participação relativa, no mês, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 51% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul.
Já com relação ao volume as exportações de industrializados nos primeiros quatro meses deste ano somaram 2,1 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 5,4% em relação à igual período de 2010, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 1,95 milhão de toneladas de produtos industrializados. No mês de abril, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 717,3 mil toneladas, indicando, deste modo, um crescimento de 63,5%, em volume, sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 438,7 mil toneladas.
Principais grupos
No ano, os grupos que registraram importantes evoluções em suas vendas externas são os do “Complexo Carne”, “Papel e Celulose”, “Extrativo Mineral” e “Açúcar e Álcool”. No caso do “Complexo Carne”, o desempenho crescente foi sustentado, sobretudo, pela elevação ocorrida nas vendas de carnes secas e salgadas de outros animais, outras miudezas comestíveis de bovinos congeladas, outras carnes de suínos congeladas, pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas e carnes congeladas de galos e galinhas cortados em pedaços, que proporcionaram uma expansão, em receita, no comparativo com 2010, equivalente a 990%, 94%, 58%, 28% e 19%, respectivamente. Em valores, o ganho adicional somado, decorrente das expansões observadas, foi da ordem de US$ 37,6 milhões.
Quanto às exportações de “Papel e celulose”, o destaque, naturalmente, continua por conta da pasta química de madeira semibranqueada (celulose), que, até agora, registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 136,9 milhões ou 92,3% da receita total do grupo. Quando comparado com igual período de 2010, houve um crescimento nominal de 94,6% na receita obtida com o produto. Ainda em relação ao grupo, outro destaque foi observado nas vendas de papel fibra 150g/m² que somaram, até agora, o equivalente a US$ 9,95 milhões ou 6,7% do total, proporcionando, na mesma comparação, uma receita 187% maior. Por fim, os principais comparadores, até o momento, são Itália, com 24,8% ou US$ 36,8 milhões, Holanda, com 24% ou US$ 35,5 milhões, e China com 16,7% ou US$ 24,7 milhões.
Já no grupo “Extrativo Mineral” o valor alcançado, no ano, ficou em US$ 125,4 milhões com destaque para a elevação ocorrida nas exportações de minérios de ferro em bruto, que até o momento, totalizaram US$ 120,7 milhões ou 96,2% da receita total. Resultando, deste modo, em uma receita 101% maior que a obtida em igual intervalo de 2010, mesmo com uma redução, em volume, na mesma comparação, igual a 16,5%. Em valores absolutos, o ganho adicional, em receita, supera os US$ 63 milhões.
No grupo “Açúcar e álcool”, no acumulado do ano, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 111,8 milhões, indicando, sobre 2010, um crescimento nominal de 195% na receita, resultando em um valor adicional de US$ 73,9 milhões. Já em volume, na mesma comparação, a variação foi de 165%, aumento superior a 155,0 mil toneladas. Em relação aos compradores, os principais são a Rússia, com US$ 33,3 milhões ou 29,8%, Bangladesh, com US$ 17,4 milhões ou 15,6%, Sudão, com US$ 11,7 milhões ou 10,5%, e Venezuela, com US$ 9,6 milhões ou 8,6%.
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