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Meio ambiente

Maior acordo climático do século bate à porta

04 Dez 2015 - 09h44
Conferência reúne representantes de países que historicamente não se comprometiam com as metas de redução de gases. - Crédito: Foto: DivulgaçãoConferência reúne representantes de países que historicamente não se comprometiam com as metas de redução de gases. - Crédito: Foto: Divulgação
Muito se tem falado sobre a 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21) que teve início nessa semana em Paris, na qual deverá ser assinado o Acordo de Paris, documento que substituirá o Protocolo de Kyoto, que termina sua vigência em 2020. Mas por que os ânimos estão tão aflorados? Por que nunca se viu tanta movimentação com relação a um acordo climático? A resposta é simples: porque o que antes eram apenas previsões negativas nas quais uns acreditavam e outros não, agora é realidade. E as pessoas estão sofrendo.


Dessa forma, é preciso garantir que esse novo acordo entre mais de 190 países estipule uma redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs), mantendo o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC até 2100. Essa referência é apontada por especialistas como um limite ‘aceitável’ e, se ultrapassarmos, as consequências serão mais extremas.


“Não é difícil imaginar esse cenário visto que as mudanças climáticas já estão sendo sentidas em diversas partes do mundo, com secas e ondas de calor severas, chuvas fortíssimas e duradouras, furacões e outros fenômenos climáticos extremos”, afirma André Ferretti, gerente de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, uma das instituições que fazem parte do Observatório do Clima – rede de ONGs e movimentos sociais que atuam na agenda climática brasileira.


Nesse contexto, até mesmo representantes de países que historicamente não se comprometiam com metas de redução de Gases de Efeito Estufa – como Estados Unidos e China, estão agindo mais efetivamente, anunciando seus objetivos para os próximos anos.


As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, ou INDCs na sigla em inglês, são as propostas de redução de emissão de GEEs de cada país para o período de 2020 a 2030. “A grande dificuldade é equacionar e dividir a conta da redução necessária, levando em consideração tanto as metas propostas, quanto o papel que cada nação tem nas emissões mundiais acumuladas desde o início da revolução industrial. Por exemplo, os Estados Unidos e a China, maiores emissores do mundo precisam reduzir mais do que outros que proporcionalmente emitem menos GEEs. É uma conta difícil e precisará de muita conversa e flexibilidade dos países envolvidos”, explica Ferretti. Com as mudanças climáticas em curso impactando na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo, aumenta a pressão da sociedade civil para que o novo acordo atenda às expectativas e necessidades das comunidades mais sensíveis. Com esse nível de urgência maior, pela primeira vez a dinâmica da COP21 será diferente de todas as outras.

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