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Adoção de animais

30% dos animais de estimação foram adquiridos na pandemia

Em Dourados, Associação Refúgio dos Bichos conseguiu tutores para 29 pets que foram resgatados em um só mês

15 Ago 2021 - 08h00Por Gracindo Ramos
Pesquisa mostra tendência maior de adoção ao invés de compra de cães e gatos - Crédito: Associação Refúgio dos BichosPesquisa mostra tendência maior de adoção ao invés de compra de cães e gatos - Crédito: Associação Refúgio dos Bichos

Uma pesquisa nacional, divulgada em julho, que estimou o número de animais nos lares, revelou que 30% dos pets do estudo foram adquiridos durante a pandemia. Desses, a maior parte tinha de 0 a 1 ano. 76% dos gatos adquiridos na pandemia foram adotados e apenas 5% comprados. Já os cães adotados foram 42%, e comprados 24%. O levantamento foi realizado pela COMAC (Comissão de Animais de Companhia) do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal). 

No geral, houve um aumento na aquisição de gatos pelos tutores em relação ao ano de 2019, com 50% dos entrevistados que adquiriram gatos e 31% cães. As pessoas que moram sozinhas (50%) foram as que mais fizeram a aquisição de cães. Já os casais sem filhos (60%) são os que mais obtiveram gatos. 86% das pessoas revelaram que enxergam seus gatos como companhia, e 55% veem no cão um companheiro. “Tivemos muitas pessoas que adotaram pela primeira vez. O brilho no olho deles era algo diferente. Você sentia que era amor mesmo pelo animal, não só para uma simples companhia”, conta a ativista douradense Thais Kanieski, da Associação Refúgio dos Bichos.

De acordo com o estudo, 23% não tinham cão ou gato e adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia. 55% adquiriram somente gatos, 38% só cães e 7% adquiriram cães e gatos. 73% das pessoas responderam que, durante a pandemia, aproveitaram mais a companhia dos animais de estimação e, destes, 86% dizem que manterão o hábito. 79% ainda revelou que procurou informações sobre transmissão e contágio de Covid-19 em pets.

Segundo a ativista, houveram “mais pedidos de adoção na pandemia, mas o abandono também está na mesma proporção. Em um mês, resgatamos cinco mães, com média de quatro a seis filhotes cada. No total, 29 animais foram resgatados em um só mês. Mas tivemos sucesso com a adoção deles todos”. A pesquisa concluiu que 46% dos domicílios possuem apenas cachorros, 37% somente gatos e 17% têm cães e gatos convivendo. No geral, 53% dos cães são machos e 49% dos gatos são fêmeas, sendo a maioria de 48% adultos, com idade entre 1 e 6 anos. 

Cerca de 57% dos cachorros são de raça e 43% sem raça definida. Os gatos de raça são 22% e 78% sem raça definida. A grande maioria dos gatos (84%) foi adotado ou resgatado. Já a compra de cães é muito mais comum, chegando a 42%. Mas, mesmo assim, a porcentagem de cachorros adotados e/ou resgatados é de 54%. Kanieski acredita que as pessoas estão se conscientizando sobre a adoção dos animais sem raça definida, os ‘vira latas’. “Tivemos bastante adoção. Para nós, a compra de animais é algo relativo. Penso que, quem tem condições de comprar um animal, tem condições de dar os cuidados necessários. Mas a adoção sempre é mais importante para nós”, opina.

O perfil dos tutores mostra que 65% são mulheres; 59% de classe C; 60% com ensino superior; e 29% com idade entre 30 e 39 anos. A maioria dos lares (entre 55% e 74%) é formado por famílias com filhos; Entre 16% e 25% de casais sem filhos; e de 6% a 17% de pessoas que moram sozinhas. Ainda de acordo com o levantamento da COMAC, 49% dos médicos veterinários consultados disseram que o volume de atendimentos aumentou, em média 45%. Dos profissionais, 6% começaram a se comunicar com clientes pelas redes na pandemia. E 59% viram crescimento no atendimento virtual no período. O mercado veterinário de vendas é visto positivamente por 68% dos tutores.

De acordo com a Associação Refúgio dos Bichos, durante a pandemia houve bastante procura por informações, como vacinas, vermifugação e rações. “Para adoção responsável temos que ter em nossa consciência que adotar um animalzinho é algo de muita responsabilidade, pois ele irá precisar de cuidados veterinários, ração, seu tempo, seu amor. Pois o amor deles por nós é algo inexplicável”, finaliza Thais. 
PIX da Associação Refúgio dos Bichos: CNPJ 20.845.276/0001-88. Informações: (67) 99298-4141.

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