Muita gente formou fila ontem por uma chance de entrar na lista de espera pela vacina. - Crédito: Foto: César Cordeiro
As vacinas contra o H1N1 desapareceram das clinicas na rede particular tanto em Dourados como em Campo Grande devido a grande procura. Em Dourados por exemplo a situação na manhã de ontem em um único hospital que até semana passada revendia a vacina ao custo de R$ 130,00 era de desespero com pessoas que formavam fila para entrarem na lista de espera do laboratório. O estoque do hospital acabou porque o do laboratório que fornecia a vacina também acabou. "Minha sogra está com 85 anos e eu estou atrás dessa vacina para tranquilizar a nossa família, uma pessoa nesta idade dificilmente escaparia com vida se contraísse essa doença, que tem matado até bebês e jovens, imaginem uma pessoa idosa", disse um advogado que estava na fila.
Em Dourados o desespero começou nos últimos dias com pessoas que se frustraram ao procurar o hospital particular e não encontram a vacina. Já em Campo Grande a situação é bem mais complicada porque a lista de espera com pessoas que procuraram a rede particular em busca da vacina e não encontraram é de aproximadamente quinhentas pessoas. "Vou aguardar, fazer o que? nem pagando a gente consegue", disse uma mulher de 48 anos de idade.
Quem não se vacinar com vacina da rede particular poderá estar fora da vacinação na rede pública porque esta é reservada apenas as pessoas que fazem parte de determinado grupo de risco.
O Ministério da Saúde começou a enviar no último dia 1o de abril aos estados a vacina contra a gripe. A entrega das doses aos municípios, segundo a pasta, é de responsabilidade dos governos estaduais. A campanha nacional de vacinação está prevista para ocorrer de 30 de abril a 20 de maio, mas alguns estados optaram por antecipar o início da imunização em razão de surtos de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A.
De acordo com o minis-tério, nas três primeiras remessas da vacina, a serem enviadas até o dia 15 de abril, os estados vão receber 25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total de lotes a serem encaminhados para toda a campanha deste ano. Do montante, 5,7 milhões serão entregues ao estado de São Paulo, onde já foram registradas cerca de 40 mortes atribuídas ao vírus H1N1.
"A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional" informou o Ministério.