Formigas argentinas ameaçam outras espécies de insetos e a agricultura. - Crédito: Foto: alexanderwild.com
O genoma da formiga argentina (Linepithema humile) foi completamente mapeado por cientistas da Universidade Estadual de São Francisco e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, ambas nos Estados Unidos - avanço que pode melhorar as técnicas para evitar a praga. Os resultados do sequenciamento foram divulgados na publicação científica \"Proceedings of the National Academy of Sciences\".A pesquisa também ajuda a ciência a compreender como embriões com o mesmo código genético se desenvolvem para formar formigas operárias, com até 3 milímetros de comprimento, ou rainhas, com até 6 milímetros. Também foram decifrados os genomas de um tipo de formiga lava-pés (Solenopsis invicta) e da colhedora-vermelha (Pogonomyrmex barbatus).
Conhecida como um invertebrado violento, a formiga argentina ameaça a existência de outros insetos. Ela se espalhou por países de clima mediterrâneo nos últimos cem anos, destruindo outras espécies e protegendo pragas nocivas a plantas. É capaz de carregar objetos com até 14 vezes o seu peso, a espécie se adapta muito bem a novos ambientes.
O mapeamento do genoma das formigas argentinas pode levar os cientistas a compreenderem melhor a geografia e momento da \"invasão\" da espécie, bem como a resistência a inseticidas.
Saber como as larvas se desenvolvem até virar rainhas ou operárias também pode ser a chave para novas formas de controle de pestes. A limitação do número de rainhas, por exemplo, pode reduzir a população das formigas argentinas.
(G1)