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COVID-19 continua aumentando nas Américas, alerta diretora da OPAS

14 Abr 2021 - 07h52Por ONU
COVID-19 continua aumentando nas Américas, alerta diretora da OPAS - Crédito: OPAS Crédito: OPAS

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, afirmou na última quarta-feira (7) que as infecções por COVID-19 continuam aumentando nas Américas, com mais de 1,3 milhão de novos casos e 37 mil mortes notificadas na região na última semana.

Os casos aumentam em quase todos os países da América do Sul.

No Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril, a diretora da OPAS declarou que a COVID-19 expôs as desigualdades que são barreiras para a saúde de muitas pessoas nas Américas e chamou líderes a fazerem da equidade a "força que orienta a recuperação da pandemia".

A diretora da OPAS declarou que em nenhum lugar as infecções são tão preocupantes quanto na América do Sul, onde os casos estão aumentando em quase todos os países.

"Infecções por COVID-19 continuam aumentando nas Américas", com mais de 1,3 milhão de novos casos e 37 mil mortes notificadas na região na última semana, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.

Os casos aumentam em quase todos os países da América do Sul.

"Em áreas da Bolívia e da Colômbia, os casos dobraram na última semana e todos os quatro países do Cone Sul têm experimentado uma aceleração nos casos de COVID-19, com transmissão ininterrupta na comunidade nas últimas semanas", disse Etienne durante a coletiva de imprensa semanal da OPAS.

Observando que mais da metade de todas as mortes notificadas no mundo na semana passada ocorreram nas Américas, a diretora da OPAS, afirmou que isso é "um sério lembrete do custo humano desta pandemia".

Reduzir as infecções começa por ficar em casa e fazer tudo o que pudermos para proteger a nós mesmos e aos outros de adoecer enquanto as medidas de saúde pública e sociais estiverem em vigor durante esta pandemia", diretora da OPAS, Carissa F. Etienne.

Se os aumentos nas tendências de viagens dentro e entre os países continuarem, "nossos sistemas de saúde terão problemas mais graves", atestou Etienne.

"Apesar da fadiga causada pela pandemia, não podemos facilitar intervenções sociais e de saúde pública sem bons dados e justificativas. Nossas ações devem refletir nossa realidade".

A diretora da OPAS declarou que a situação epidemiológica na região é desigual, com infecções aumentando em alguns lugares e diminuindo em outros.

"Na América do Norte, os casos e hospitalizações estão subindo no Canadá, enquanto as taxas de infecção estão diminuindo nos EUA e no México", afirmou.

Etienne observou que, na última semana, EUA, Brasil e Argentina estiveram entre os 10 países do mundo que registraram o maior número de novas infecções globalmente, e outros países não ficaram muito atrás. "Mas em nenhum lugar as infecções são tão preocupantes quanto na América do Sul, onde os casos estão aumentando em quase todos os países", disse.

O Dia Mundial da Saúde, foi celebrado na última quarta-feira (7), é "um dia em que refletimos sobre a importância da saúde e a nossa promessa de alcançar saúde para todos", acrescentou.

"Com o tema ‘Juntos por um mundo mais justo e saudável’, não há momento melhor para falar sobre a necessidade de uma mudança urgente".

"No último ano, este vírus aprofundou muito as desigualdades que há muito dividem esta região", ressaltou a diretora da OPAS.

"Embora muitos de nós tenham tido a sorte de continuar trabalhando durante a pandemia no conforto e segurança de nossas casas, metade de nossa força de trabalho depende da economia informal - ficar em casa significaria abrir mão de seus meios de subsistência".

Muitos outros permanecem ou ficaram desempregados recentemente. Para aqueles que estão desempregados e para os 22 milhões de pessoas que caíram na pobreza este ano nas Américas "a pressão financeira desta pandemia foi devastadora", enfatizou a diretora da OPAS.

"É impossível lutar de forma eficaz contra a COVID-19 sem abordar algumas dessas desigualdades e apoiar os mais vulneráveis enquanto lutam para se proteger".

Pontuando que as vacinações continuam nas Américas, Etienne disse que mais de 210 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 foram administradas em 49 países e territórios nas Américas.

O Fundo Rotatório da OPAS distribuiu mais de 2,6 milhões de vacinas do mecanismo COVAX para 26 países e mais doses chegarão ao Caribe.

"Mas é claro, as vacinas são apenas uma parte de nossa resposta à COVID-19 - e devemos continuar contando com medidas de saúde pública para manter nossas populações e nossos países seguros", enfatizou Etienne.

Embora todos tenhamos sido afetados por esta pandemia, não sofremos o mesmo impacto, afirmou a diretora da OPAS.

"Para combater a COVID-19 de forma eficaz, devemos enfrentar essas desigualdades e apoiar os mais vulneráveis enquanto lutam para se proteger".

No Dia Mundial da Saúde, diretora da OPAS pede a recuperação equitativa da pandemia nas Américas No Dia Mundial da Saúde, celebrado na última quarta-feira (7), a diretora da OPAS, declarou que a COVID-19 expôs as desigualdades que são barreiras para a saúde de muitas pessoas nas Américas e chamou líderes a fazerem da equidade a "força que orienta a recuperação da pandemia".

Estima-se que a pandemia tenha empurrado entre 119 e 124 milhões de pessoas a mais em todo o mundo para a extrema pobreza no ano passado.

Calcula-se também que 14 anos de ganhos na luta contra a pobreza foram perdidos devido à pandemia.

E ainda há evidências convincentes de que a pandemia ampliou as disparidades de gênero no emprego, com as mulheres saindo da força de trabalho em maior número do que os homens nos últimos 12 meses.

"A pandemia sem precedentes trouxe à tona as desigualdades sociais e econômicas existentes, lamentavelmente exacerbando-as", afirmou Etienne durante um evento virtual organizado pela OPAS para o Dia Mundial da Saúde.

"As ações para controlar e tratar a COVID-19 durante a pandemia, bem como durante a recuperação econômica, devem ser centradas na redução das desigualdades.

Devemos agir com decisão agora para garantir o direito de todos os membros da população ao mais alto padrão de saúde possível."

Durante o evento, a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, disse que, "sem dúvida, a pandemia colocou o mundo e nossa região à prova – não apenas o setor de saúde, mas também os setores econômico e social".

Entre os painelistas estavam membros da academia e da sociedade civil, incluindo a Confederação Latino-Americana e Caribenha de Trabalhadores Domésticos e o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe.

Eles chamaram a atenção para a exclusão das trabalhadoras domésticas da seguridade social, ampliando o alcance dos serviços de saúde, a necessidade de catalisar a justiça e a necessidade de não apenas gerar dados e melhor conhecimento sobre as desigualdades de saúde que afetam as comunidades marginalizadas, mas também tomar medidas para reduzir as desigualdades e as inequidades raciais e étnicas.

Sofrimento e exposição desigual à pandemia
Assinalando que as pessoas em situação de vulnerabilidade sofrem desproporcionalmente com a pandemia, a diretora da OPAS chamou a atenção para aqueles que vivem em moradias superlotadas e precárias, com acesso limitado à água, e assentamentos informais urbanos; trabalhadores essenciais; e trabalhadores da economia informal.

Muitas vezes, essas pessoas já não tinham acesso a cuidados de saúde de qualidade e tinham um pior estado de saúde. Longas histórias de discriminação estrutural costumam estar relacionadas à falta de acesso e às más condições sociais dos grupos de maior risco. Determinantes sociais da saúde devem ser enfrentados para reduzir a desigualdade.

Muitas das pessoas mais afetadas pela pandemia - mulheres chefes de família; mulheres negras e indígenas; pessoas ganhando salário mínimo; aqueles com acesso limitado ou nenhum acesso à proteção social; e pessoas, na maioria das vezes mulheres, que realizam trabalhos de assistência não remunerados - também são empregadas em trabalhos que as expõem ao vírus.

Reduzindo as desigualdades pós-pandemia
"A pandemia da COVID-19 prosperou em meio às desigualdades em nossas sociedades e lacunas em nossos sistemas de saúde", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"É essencial que os governos invistam no fortalecimento de seus serviços de saúde e na remoção das barreiras que impedem tantas pessoas de usá-los, para que mais pessoas tenham a chance de viver uma vida saudável".

Para derrotar a COVID-19 e se recuperar com um mundo mais justo, a diretora da OPAS pediu:
acesso a vacinas para todas as pessoas;

aumento do investimento em sistemas de saúde resilientes, responsivos e adaptáveis e atenção primária à saúde (APS) usando as lentes da equidade e inclusão;

expansão dos sistemas de proteção social; renda justa, trabalho decente, sistemas de educação inclusivos e sólidos e moradia decente; fortalecimento dos sistemas nacionais de informação em saúde para atender às populações que estão sendo deixadas para trás e monitorar os impactos da equidade.

"Temos a oportunidade de transformar nossas sociedades após esta pandemia devastadora, afirmou a diretora da OPAS.

"Começar uma recuperação equitativa e sustentável exige que priorizemos o investimento nos setores sociais e de saúde, mas também devemos trabalhar juntos com um objetivo e um propósito comum, reconhecendo que todos devemos fazer a nossa parte", acrescentou.

"A equidade deve ser a força que orienta a recuperação da COVID-19 nas Américas".

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