
Durante a adesivagem de veículos realizada no centro de Campo Grande no dia 13 de novembro pelos presidentes da Fiems, Sérgio Longen, da Famasul, Eduardo Riedel, e da Fecomércio, Edison Araújo, contra a volta da CPMF, a senado-ra manifestou-se contrária à criação de um novo imposto, sendo que, no passado, já votou contra a CPMF e pretende continua votando contra. “O Brasil não precisa de mais impostos. A saúde precisa de mais dinheiro, mas a receita da União subiu enormemente nos últimos anos, mas os investimentos em saúde não mudaram. O superávit que temos na receita da União não está sendo aplicado na saúde, ou seja, não é falta de dinheiro, dinheiro tem, falta ao governo colocar a saúde como prioridade”, pontuou.
O senador reeleito Delcídio do Amaral (PT) destaca que vê muita dificuldade para a aprovação da CPMF ou qualquer outro instrumento que venha a onerar ainda mais o contribuinte. “Ela já não passou da outra vez e com a configuração que se discute hoje ficará ainda mais difícil de ser aprovada. Eu não tenho dúvida que os governadores precisam de mais dinheiro para investir em saúde, mas acredito que essa discussão passa pela melhoria da gestão dos recursos destinados ao setor”, disse.
Ele acrescenta que esse debate pode vir no bojo da reforma tributária. “Temos que levar em conta também os recursos adicionais que o governo vai arrecadar com a exploração do pré-sal. Precisamos, agora, tomar uma decisão consistente, de mérito, para aliviar a carga tributária e destinar os recursos necessários às áreas que mais precisam, especialmente saúde, educação e segurança pública. Considero ainda que, a partir da aprovação da reforma tributária, os Estados terão resultados melhores de arrecadação, pois, muita gente que hoje está na informalidade vai se sentir motivada a legalizar sua situação, ampliando a base de arrecadação”, analisou.
Já o senador eleito Waldemir Moka (PMDB) reforça que é contra o retorno do imposto do cheque por entender que o setor produtivo, assim como o restante da sociedade, já é bastante penalizado com a carga tributária vigente. “Eu sou particularmente contra a reedição da CPMF, pois esse tributo já foi rejeitado no passado e penso que não cabe o retorno dele neste momento e em qualquer momento da economia brasileira. Acredito que temos de trabalhar por uma reforma tributária que desonere o contribuinte e não que onere ainda mais a população”, declarou.
#####Setor produtivo
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a aderir à mobilização contra a volta do imposto do cheque, mas todas as federações das indústrias do País estão unidas, assim como as federa-ções do comércio e da agropecuária, contra o retorno da CPMF. “É a sociedade mobilizada contra a criação de mais um imposto. Entendemos que o superávit da arrecadação federal precisar ser utilizado de melhor forma. Rever a questão da saúde é uma necessidade e o governo federal tem esses recursos e os números demonstram isso”, disse, lembrando que será um desastre para a indústria e para o resto da sociedade a criação de mais uma tarifa no Brasil.
Já o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, reforçou que a campanha “Chega de Imposto – Saúde Sim, CPMF de Novo Não” é uma manifestação legítima do setor produtivo. “Estamos indo para a rua buscar o apoio da sociedade em geral e estamos vendo a receptividade das pessoas com a nossa mobilização contra a criação de mais um imposto. Todos estão se manifestando de maneira positiva, entendendo que realmente não cabe mais um aumento da carga tributária no Brasil”, declarou.
O presidente da Fecomércio, Edison Araújo, lembrou que todos têm de arregaçar as mangas para barrar a criação de mais tributos. “O que nós precisamos é uma política de gestão pública eficiente, moderna e austera. Queremos que o governo federal mude o seu pensamento, ao invés de criar mais impostos para gerar mais receita, que ele procure fazer uma melhor aplicação dos recursos arrecadados dentro da sua gestão. Chega da carga tributária ser aumentada diaria-mente”, cobrou.
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