Rose Modesto, vice-governadora, pode ser indicada pelo PSDB para disputar a Prefeitura da Capital. - Crédito: Foto: Divulgação
O comando regional do PSDB deve se reunir nesta quinta-feira (28) para acertar a indicação do nome da vice-governadora Rose Modesto para disputar a Prefeitura de Campo Grande nas eleições de outubro. A intenção do partido é se antecipar, sair na frente e colocar o bloco na rua para o confronto com os principais adversários, incluindo provavelmente o prefeito Alcides Bernal (PP), em campanha pela reeleição, e o ex-governador André Puccinelli (PMDB).
O ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) e o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) discutem a composição de uma chapa competitiva de modo que ninguém fique descontente na eventualidade de ficar fora do pleito.
No PT, ainda reina silêncio em termos de candidatura na Capital devido, principalmente ao clima tenso no Congresso Nacional em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Apesar disso, duas lideranças são lembradas, o deputado federal Zeca do PT e o deputado estadual Pedro Kemp. Os dois chegaram se se manifestar publicamente interessados na disputa, mas recuaram depois da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT), acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Em entrevista ao jornal Correio do Estado, o governador Reinaldo Azambuja garantiu não ter preferência pelo indicação de Rose, uma vez que há outros nomes de peso no PSDB em condições de concorrer ao cargo, como é o caso do secretário Eduardo Riedel (Governo).
"Temos dois bons nomes, tanto a Rose quanto o Eduardo. Não tenho preferência. Mas ele tem feito um papel importante com questões como o censo previdenciário, o cumprimento das metas de gestão de todas as secretarias, o planejamento estratégico e a renegociação da dívida do Estado", declarou Azambuja, sinalizando a permanência de Riedel na equipe de governo.
PMDB
Considerado principal adversário dos tucanos na disputa, o PMDB tenta passar a ideia de que André Puccinelli está fora da disputa pela Prefeitura da Capital e aponta como opções os nomes do senador Waldemir Moka e do deputado federal Carlos Marun. No entanto, há um forte movimento dentro do partido em favor da candidatura do ex-governador.
O comando partidário também nutre a esperança do fortalecimento de suas bases a partir da posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) no Palácio do Planalto, na eventualidade de o plenário do Senado aprovar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Nesse caso, o próprio André Puccinelli se sente à vontade para postular a prefeitura da Capital, cargo que já exerceu por duas vezes.
Há dias, um interlocutor peemedebista deixou claro o interesse de André Puccinelli em concorrer ao cargo mais uma vez, embora ele tenha negado isso publicamente.