
O secretário de Governo, Ricardo Riedel, deixou a reunião para conversar com os jornalistas e explicou que essa foi a forma encontrada pelo governo para garantir algum aumento ao funcionalismo. Ao final, os sindicalistas rejeitaram a proposta e uma nova reunião ficou marcada para 11 de abril.
Com esse valor de R$ 200,00, segundo documento distribuído entre os sindicalistas, seriam beneficiados 39.587 ativos e inativos, com exceção de professores, convocados e cargos comissionados.
Sobre os salários, o 'reajuste' ficaria entre 10% e 20% para 30,6% dos servidores beneficiados, num total de 11.899 pessoas, conforme o cálculo apresentado; entre 6,67% e 9,9% para 13,38%, equivalente a 5.296 servidores; e entre 4,4 e 6,66% para 21,99% do funcionalismo atendido pela proposta, ou seja, 8.706 pessoas.
O secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto Assis, explicou a lógica da administração estadual. De acordo com ele, como a massa salarial está muito alta, e consome hoje 50% da receita estadual, o abono é uma forma de evitar um impacto maior ainda. "Estamos em um cenário de extrema crise", definiu.
O outro lado
Antes do encontro começar, sindicalistas comentaram as reivindicações e falaram da possibilidade de uma paralisação. Segundo Alexandre Barbosa, um dos representantes da FEIPOL/CON (Federação Interestadual dos Policiais Civis – Região Norte e Centro-Oeste), "hoje foi o primeiro passo para a negociação".
Os policiais pedem 11% de aumento salarial, entre outras reivindicações, como a promoção automática. "O governador prometeu em campanha e até agora não discutiu as nossas pautas Ele prometeu colocar a Policia Civil de Mato Grosso do Sul no quinto melhor salário do país, mas hoje estamos em 18", diz Alexandre Barbosa.
De acordo com ele, são três mil policiais que vivem esta situação. "Não temos infraestrutura, falta gasolina nos veículos. Amanhã vamos fazer uma operação de alerta pro governador, pois esperamos discutir as reivindicações. Nós esperamos negociar, mas não é descartável uma greve".
"Se não tivermos um reajuste digno, o Estado pode ter problemas. Pela primeira vez, estamos apresentando uma união muito grande. O sindicatos nunca estiveram tão unidos quanto hoje em dia. Por isso precisamo dessa reposição salarial, afinal são 17 meses sem aumento de salario. Se isso não acontecer, não descartamos uma greve dos servidores", afirmou Ricardo vice-presidente do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Sindicato em Seguridade Social),
A servidora Joci Alice Pereira, da Sefaz (Secretaria do Estado de Fazenda), questionou a ausência do governador do estado Reinaldo Azambuja na reunião. "Eu não entendo porque veio a Rose [Modesto, vice-governadora]", citando que a secretária de Assistência Social está para deixar o cargo para ser pré-candidata a prefeita.
O percentual oferecido é bem abaixo da solicitação feita, de reajuste linear 16, 14%, com base em estudos do Dieese (Departamento Sindical de Esteatítica e Estudos Sócio Econômicos Regional de MS).
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