"Estamos no mês de combate à homofobia e não podemos ter um parlamentar falando dessa forma. Foi um posicionamento infeliz, mas pelo histórico a gente já sabe como ele é", disse Lia Nogueira. Ela relembra uma antiga fala de Sérgio, em 2014, quando o pastor sugeriu colocar gays em uma ilha.
Como Sérgio Nogueira também fez críticas direcionadas ao PSDB, partido ao qual permaneceu até o mês passado, Lia Nogueira disse que o PSDB nacional, PSDB Mulher e a diversidade tucana irão se posicionar e que a equipe jurídica analisa o discurso.
Antes da deputada se posicionar, o vereador Rogério Yuri havia ocupado a tribuna na Câmara para protestar contra o discurso de Sérgio. "Eu gostaria que se retrata-se ao partido que nos ajudou a chegar aqui, chegamos juntos pelo PSDB, recebemos, inclusive, doações do partido, então não cuspa no prato que comeu", disparou Rogério Yuri.
Para ele, o pastor e vereador está querendo inflamar a direita radical para criar novo factoide e assim estar na mídia. "Acho que o senhor foi indelicado, porque não é primeiro-damo, é primeiro-cavalheiro", corrigiu.
Outros vereadores também se posicionaram, como Tânia Cristina (PSDB), que na sessão passada já havia repudiado a fala de Sérgio e voltou a destacar que ele foi infeliz, bem como o vereador Fábio Luis (Republicanos), ligado ao movimento da direita.
Ele disse que foi cobrado a se posicionar e no plenário afirmou que a fala de Sérgio "não é ser de direita, não é ser conservador e nem ser bolsonarista. "Acima de tudo temos que ter respeito, educação e seguir a lei", declarou Fábio Luis.
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O vereador e pastor Sérgio disse que a gestão de Eduardo Leite, chefe administrativo do Estado afetado pelas enchentes está longe da ideal. No discurso, criticou a postura de Eduardo e completou dizendo que o político está mais preocupado com o ‘primeiro-damo’, o médico Thalis Bolzan.
“Foi falado aqui por alguns vereadores de mandar dinheiro ao Rio Grande do Sul. Cadê esse governador do Rio Grande do Sul? O senhor não receberá um pix meu, posso mandar pra Apae, para Pestalozzi, para os gaúchos sérios, mas para o senhor não. O senhor está preocupado com o seu primeiro-damo ai no seu governo”.
O vereador se defendeu e disse que não é homofóbico e que a fala também não foi, já que não atacou diretamente o governador. “Não sou homofóbico. Não ataquei a pessoa dele. Eu quis dizer sim sobre o pedido de PIX para o governo do Estado do RS e a administração pífia dele acerca da situação em que se encontra atualmente o Estado”.
As declarações do parlamentar, no entanto, repercutiram nacionalmente, principalmente pelo momento que passa o estado gaúcho.