Foto: O Dia -
RIO - Até a noite de ontem foram contabilizados 35 mandados de prisão cumpridos, dos quais oito são policiais civis e 19 são policiais militares.Entre os presos na Operação Guilhotina deflagrada, na manhã desta sexta-feira, está o 3° sargento da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nepomuceno (Cadu), primo do traficante Marcinho VP.
De acordo com a Polícia Federal ele estava cedido para a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). O traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado como o principal mandante dos ataques ao Rio em 2010 e está preso, desde novembro do ano passado, na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia. O bandido faz parte da facção criminosa Comando Vermelho. Em outubro de 2010, o traficante Marcelo Paixão Neponuceno, conhecido como Chiclete, irmão do traficante Marcinho VP, foi preso em casa, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio.
Ainda de sexta-feira o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira se entregou à Superintendência da Polícia Federal e deve prestar depoimento ainda no decorrer do dia. Ele ocupou cargo de subchefe da Polícia Civil do Rio e foi exonerado nesta manhã. De acordo com a Polícia Federal, ele seria transferido, ainda ontem, para o presídio Bangu 8.
Carlos Oliveira, sengundo nota divulgada pela Seop à imprensa, estava no cargo há pouco mais de um mês. A Seop afirma ainda que irá acompanhar atentamente as investigações da PF e colaborar com o caso.
#####Ação mobiliza 580 homens
A Operação Guilhotina foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira, com o apoio de 200 agentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MPRJ). O objetivo é cumprir 45 mandados de prisão preventiva - sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares -, e 48 mandados de busca e apreensão.
Cerca de 380 homens da PF participam da ação, que ainda investiga a ligação dos policiais com venda de armas e informações e o chamado \"espólio de guerra\", que é a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais, como ocorrido na recente ocupação do Complexo do Alemão.
As investigações iniciaram a partir de vazamento de informações numa operação conduzida pela PF em 2009, que tinha como principal objetivo prender o traficante Rupinol, que atuava na Favela da Rocinha junto Nem, apontado como o chefe do tráfico na comunidade. De acordo com a Polícia, um grupo de policiais é suspeito de receber até R$ 100 mil por mês para proteger Nem e o avisar sobre operações no local.
A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da SSP e outra da Superintendência da PF. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã. Fonte: O Dia On Line