
Dorival dos Santos revogou os habeas corpus por volta de 21h de anteontem e, antes que fossem cumpridos pela Polícia Judiciária (Civil), Giroto e Maria Wilma se apresentaram espontaneamente, por volta de 5h30 da madrugada de ontem, à delegacia do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), para não serem flagrados pela imprensa da Capital que acompanha o caso.
Além da acusação de desvio de R$ 2,9 milhões de obras que deixaram de ser realizadas na rodovia MS-228, que corta o Pantanal no município de Corumbá, de um total contratado de R$ 5.014.900,80, pagos pelo governo estadual, os nove detidos são acusados, também, de não executar obras na MS-171, na mesma região, no município de Aquiduana, onde a empreiteira Proteco recebeu R$ 4.541.457,94, mas só concluiu serviços que custaram R$ 1.877.473,38, totalizando como pagamento indevido R$ 2.663.984,56 e, ainda, na MS-184, onde os pagamentos indevidos chegaram a R$ 6.271.899,22, conforme planilha do Governo do Estado.
De acordo com as planilhas levantadas de obras não executadas nessas rodovias, o total pago indevidamente chega a R$ 11.898.019,78, que são alvos de investigações da força tarefa criada pelo MPMS para apurar desvio de recursos públicos, depois que empresários e políticos foram flagrados na Operação Lama Asfáltica, desencadeada pela Polícia Federal e que levou a esses desdobramentos.
Depoimentos
Ontem à tarde, foram ouvidos pela força tarefa do MPMS o empresário João Krampe Amorim dos Santos, o proprietário da Proteco, empresa vencedora das licitações para as obras da MS-228 e o ex-deputado estadual, ex-prefeito de Paranaíba e engenheiro Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.
Na quarta-feira foram ouvidos pelo MPMS, a secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, que está cumprindo prisão provisória domiciliar e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi. Na terça-feira (10) foram ouvidos os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, que são chefes das unidades regionais da Agesul e que cumprem prisões temporárias.
Devem prestar depoimentos hoje o ex-deputado federal Edson Giroto; a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma e Wilson Cabral Tavares. As prisões temporárias de todos os acusados vencem na segunda-feira.
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