Os contatos indevidos com detentos foram comprovados a partir dos oito Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) instaurados, que foram aceitos pelo ministro da Justiça, sendo um para cada conduta indevida praticada por ele.
O Setor de Inteligência da PFCG levantou informações de que os presos estariam desenvolvendo planos para evasão em massa de detentos vinculados à facção Comando Vermelho, e, para isso, contariam com a colaboração de agentes penitenciários, que forneceriam informações acerca dos procedimentos de segurança e eventuais vulnerabilidades da Penitenciária Federal de Campo Grande, além de oferecer recursos necessários para a fuga. Segundo o MPF, Beira-Mar admitiu a existência do plano de fuga e afirmou que o pagamento de agentes penitenciários que aceitassem prestar favores a membros da facção Comando Vermelho custodiados naquela unidade prisional se daria por intermédio de advogados.
Extratos bancários obtidos pela investigação indicam movimentações financeiras incompatíveis com as remunerações dos agentes. Em apenas uma das dez contas bancárias mantidas pelos acusados, descobriu-se depósito, em maio e junho de 2013, de R$ 52.863,92 sem indicação de origem.
O processo corre em segredo na 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.