Os dez presos foram levados para Brasília - Crédito: Foto: Valter Campanato/Agência BrasilEles foram presos na quinta-feira em dez estados diferentes.
Enquanto isso, a Polícia Federal, em conjunto com a Polícia do Paraguai procuram por dois foragidos acusados de fazer parte do grupo de terrorismo ligados ao Estado Islâmico.
Eles estariam no Mato Grosso e quando souberam da ação da Polícia Federal fugiram para o Paraguai, provavelmente por Mato Grosso do Sul, onde tem uma fronteira de 1.131 quilômetros, divisa com Ponta Porã.
O Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, desembarcou ontem no aeroporto Internacional de Ponta Porã, por volta das 9h30 e depois embarcaria no aeroporto de Pedro Juan Caballero, onde seguiria para a Capital, Assunção.
Pela agenda oficial, segundo a assessoria, ele teria um encontro com o ministro da Secretaria Antidrogas do Paraguai, Luiz Alberto Rojas para negociar a erradicação de drogas nos dois países, mas segundo fontes extraoficiais, ele também iria negociar a deportação dos dois foragidos da Operação Hashtag.
Presos
De acordo com o site Campo Grande News, os suspeitos de envolvimento com terrorismo presos no presídio federal de Campo Grande, vão permanecer na triagem por 20 dias, com banho de sol na própria cela e depois seguem para celas separas com banho de sol no pátio.
Enquanto estiverem na triagem, não podem receber visitas, falam somente com agentes penitenciários federais e advogados, se constituídos legalmente. A solicitação da Polícia Federal foi de prisão para 30 dias e se não houver decisão judicial contrária ou prorrogação, depois devem retornar aos seus estados de origem.
Embora alguns tenham origem estrangeira, todos eram radicados no Brasil. A vinda para Mato Grosso do Sul ocorreu por decisão do Ministério da Justiça, mas sem um motivo específico, apenas por ser presídio federal.
Os acusados seriam ligados a grupos do Estado Islâmico e outras facções jihadistas e são acusados de estar armando um plano para atacar no Brasil durante os jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, que começam no dia 5 de agosto.
A informação de que a fronteira com o Paraguai poderia ser um dos meios de entrada de terroristas no Brasil, teria sido recebida por mensagens do aplicativo Telegram, conforme revelou análise do Site Intelligence Group, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos EUA.
O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a "porosa fronteira" com o Paraguai para levar armas ao Brasil.
Campograndense
Um dos dez suspeitos de compor uma célula terrorista internacional do Estado Islâmico, que chegaram ontem no Presídio Federal, é de Campo Grande. A informação foi divulgada pelo site da Revista Veja, e que teria cumprido pena de 18 anos e oito meses de prisão por homicídio e roubos qualificados. Assim como os outros nove suspeitos, ele foi preso pela Polícia Federal na Operação Hashtag. Eles estariam preparando atentados na Olimpíada do Rio.
O sul-mato-grossense mora na cidade de Campos de Júlio (MT) e trabalharia em uma mecânica de uma agropecuária.
Segundo a revista, durante o período em que esteve preso, em Araguaína (TO), o suspeito chegou a fugir da prisão e se apresentou em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT). Atualmente divorciado, cursa engenharia mecânica na Faculdade Anhanguera.
Assim como outros suspeitos, usava nomes árabes ou falsos para manter perfil em redes sociais, como o facebook e se comunicar.
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