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Índios bloqueiam BR-463 e pedem demarcação

08 Jul 2016 - 19h09
Bloqueio feito por índios na BR-463, em Dourados. - Crédito: Foto: DivulgaçãoBloqueio feito por índios na BR-463, em Dourados. - Crédito: Foto: Divulgação
Os índios que foram despejados na quarta-feira da Fazenda Serrana, na região do Curral de Arame, bloquearam ontem de manhã a BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, na altura do trevo de acesso ao município de Laguna Carapã.


De acordo com o inspetor chefe da PRF de Dourados, Waldir Brasil, a rodovia foi desbloqueada por volta das 15h30 após a chegada de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) que convenceram os índios a liberar a via. Eles pediram agilidade na demarcação das terras que já passaram por estudos antropológicos. De acordo com a PRF, não houve tumultos e nem filas de carros durante o período de protestos.


Os índios lutam há pelo menos 14 anos pela demarcação do território Apika’y, que já ocuparam e deixaram a área várias vezes. A mais recente ocupação ocorreu em 2013 e terminou quarta-feira desta semana com a reintegração feita pela Polícia Federal.


A comunidade Apika’y é considerada a mais miserável de Mato Grosso do Sul pelo MPF (Ministério Público Federal). Como o acampamento fica próximo à rodovia, pelo menos oito índios morreram atropelados nos últimos anos, entre adultos e crianças.


A comunidade, que faz parte da etnia Guarani-Kaiowá, acampadas na margem de uma rodovia (BR-463) há 14 anos, entre Dourados e Ponta Porã.


Um córrego contaminado com agrotóxicos seria a única fonte de água das familias.


Até essa semana, os índios viviam em uma pequena faixa de terra ao longo da rodovia que não permitia que se plantasse nada, fazendo- os depender unicamente das cestas básicas distribuídas pela Funai.


Mas ainda assim, aquelas familias insistiam em ficar no local, até a demarcação da terra Indígena Apika’y pela Funai.

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