Reajuste autorizado pela Aneel atinge consumidores residenciais. - Crédito: Foto: Agência Brasil
Os sul-mato-grossenses pagarão mais caro pelo consumo de energia elétrica. O reajuste de 7,38%, que será cobrado pela Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora de Energia S/A (EMS) passa a vigorar a partir da próxima sexta-feira (8) e foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), durante 11ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria de 2016 da Aneel, realizada ontem, em Brasília. Segundo a concessionária em MS, a decisão altera os valores para 970 mil unidades consumidoras do Estado, distribuídas em 74 municípios atendidos pela Energisa. O reajuste de 7,38% será para os consumidores residenciais, classificados como Classe B1, que são aqueles considerados de baixa tensão.
O valor autorizado pela Aneel foi além das expectativas do Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica (Concen). Segundo a presidente do Concen, Rosimeire Cecília da Costa, para os consumidores residenciais o reajuste estava previsto para ficar em torno de 6%.
Os percentuais de reajuste são definidos por classe de tensão. A conta de consumidores de alta tensão, que são as indústrias, sofrerá alta média de 6,75%. Já, os consumidores de baixa tensão terão aumento de 7,40%.
Segundo a Aneel, entende-se como baixa tensão, as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
No cálculo do reajuste, conforme o contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. Além disso, é levada em conta a aquisição, a transmissão de energia elétrica e os encargos setoriais.
Em Dourados, o reajuste pegou os consumidores de surpresa. "Esse aumento na tarifa é totalmente descabível", questiona o comerciante José Augusto Almeida.
A avaliação da cabeleira Rosângela Benites Pedroso não é diferente."Isso é um absurdo! Já não basta todos os aumentos que estamos tendo?", reclama Rosângela, que gasta mensalmente mais de R$ 200,00 com a conta energia elétrica.